ChatGPT na Advocacia: a Inteligência Artificial irá substituir os advogados num futuro próximo?

QUAL SUA OPINIÃO? 🤔Via @mechamomatias | Nas últimas semanas a pauta da inteligência artificial passou a ganhar maior notoriedade. Certamente você ouviu falar ou leu alguma matéria sobre o CHATGPT que na prática é uma ferramenta de IA, que promete revolucionar vários setores do mercado de trabalho, o que inclui o meio jurídico.

Lançado em 30 de Novembro de 2022, a ferramenta em apenas duas semanas alcançou a marca de cem milhões de usuários. 

Como dizia Einstein: “Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas.” Desenvolver essa linha de raciocínio é o que colocará muitos profissionais um passo à frente de milhares de outros que ainda não conseguem extrair resultados sólidos do ChatGPT. 

O Manchine Learning ou aprendizado de máquina, é basicamente uma forma de fazer o computador aprender coisas, sem precisar ser programado exatamente para executar aquela determinada tarefa. É como se a máquina pudesse aprender a partir de feedbacks. 

Fornecendo detalhes sobre o caso, a ferramenta é capaz de formular petições, pareceres, elaborar contratos, pesquisa de precedentes e até mesmo cálculo de indenizações. 

É importante considerar que IA funciona analisando dados e textos fazendo previsões com base nos padrões que identifica, dessa forma considerando que esse instrumento é uma novidade, é natural que ainda esteja limitado há alguns cenários factuais, já que questões mais complexas ou sutis podem resultar em respostas imprecisas. 

A Inteligência Artificial empregada no Chat ganhou escala exponencial, alcançando uma capacidade de dobrar sua eficiência a cada três meses. O que supera a Lei de Moore em três vezes. 

O eixo central não se restringe a compreender as habilidades atuais da ferramenta, mas ter a certeza de que em pouco tempo esse produto irá elevar a eficiência das práticas jurídicas, permitindo que advogados se concentrem em tarefas de maior complexidade que demandem tomada de decisão estratégica. 

A verdade é que essa ferramenta assim como outros mecanismos de ancoragem de operação seguem o padrão de: quanto mais você testa, mas você válida o resultado que obtém. 

Mas a pergunta que muitos profissionais fazem é: A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL VAI SUBSTITUIR ADVOGADOS? 

Veja: O Chat GPT, por exemplo, é um dispositivo pioneiro mas existem várias outras IA com propostas semelhantes se inserindo no mercado. 

Hoje o Chat GPT consegue cumprir com algumas tarefas, mas isso ainda ocorre de forma básica, podendo ganhar algum nível de sofisticação se forem elaboradas perguntas ou orientações precisas para o robô.

Sim, ele é capaz de realizar algumas tarefas, contudo é indispensável a presença de um profissional qualificado para manusear a ferramenta, revisar, corrigir os erros e até mesmo acrescentar informações. 

Portanto o auxílio desse recurso se mostra eficiente, contudo a presença do advogado é indispensável para complementar as tarefas desempenhadas pelo CHAT.

Hoje a ferramenta pode amparar advogados e advogadas na prospecção de teses, construção de pareceres, estrutura de peças, alguns contratos específicos, pesquisa jurisprudencial dentre outras atividades inerentes à advocacia. 

Vale ressaltar que quem assina o conteúdo jurídico de um parecer, petição, recurso, contrato ou qualquer outro documento, é o Advogado devidamente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, o que impõe a responsabilidade de primar pelo bom padrão, podendo inclusive responder por eventuais imperícias. 

O advogado vai ser substituído? Óbvio que não, porque o profissional continua pensando, tomando decisões, se relacionando com o cliente, desempenhando uma série de outras funções que não as burocráticas e repetitivas que podem perfeitamente serem executadas pela máquina e posteriormente revisadas. 

Cumpre encarar a ferramenta como um recurso em favor da qualidade do seu tempo, gestão e performance. Esse é o hack mais interessante. 

Por fim, como estamos falando de uma inteligência artificial que aprende na medida em que recebe dados e informações, a tendência é que com o passar do tempo ela se torne cada vez mais assertiva e consiga desempenhar de forma plena novas funções. 

Compete a nós advogados inseridos nesses novos tempos de revolução tecnológica, compreender como essas novas ferramentas podem auxiliar na otimização de tempo, eficiência dos serviços e escalabilidade da operação, o que consequentemente resulta em maiores retornos financeiros para o profissional que aplica a tecnologia ao seu favor. 

Há vinte anos atrás, o mercado passou a exigir cursos de informática com um requisito essencial para profissionais desempenharem determinadas funções, aqueles que não desenvolveram essa habilidade foram suprimidos pelo mercado.

Nos próximos anos, saber manusear uma Inteligência Artificial será condição básica para desempenhar determinadas funções. Operadores do Direito precisam assimilar atentamente esses movimentos para acompanhar a nova tendência do mercado.

“Nenhum homem é melhor que uma máquina, mas nenhuma máquina é melhor que um homem com uma máquina.”  Paul tudor Jones

Weverton Matias (@mechamomatias) é Advogado, Empresário e Professor, pós graduado em Direito de Família e especialista em Direito do Consumidor e Direito do Trabalho.

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