Concurso Banco do Brasil: 6 mil vagas e inscrições prorrogadas; veja dicas para as provas

Via @portalg1 | A um mês e meio das provas, o concurso do Banco do Brasil para 6 mil vagas de escriturário deverá ser bastante concorrido. Por isso, os candidatos deverão estar bem preparados para vencer a concorrência. Entre as razões está o fato de ser um concurso para quem tem nível médio de escolaridade e também porque oferece vagas em todo o país.

Os candidatos podem se inscrever no concurso até as 23h59 desta segunda.

São 4 mil imediatas e 2 mil para formação de cadastro de reserva. O salário é de R$ 3.622,23 para jornada de 30 horas semanais. Os cargos exigem nível médio.

O concurso terá provas objetivas e prova de redação, que serão aplicadas no dia 23 de abril. As provas terão duração de 5 horas.

Especialistas apontam que, nesta reta final, é fundamental conhecer o estilo de questões da Fundação Cesgranrio, banca organizadora do concurso. Para isso, é necessário se debruçar sobre provas anteriores da entidade.

“A Cesgranrio traz muitas questões básicas e simples. Isso não significa que o concurso será fácil, pois as notas de corte são bastante elevadas”, alerta Ricardo Baronovsky, coordenador acadêmico do Qconcursos.

Baronovsky explica que as provas da Cesgranrio costumam ter um nível de dificuldade fácil, ou seja, as questões não trazem uma exigência de conhecimento muito aprofundado, sendo mais superficiais.

“E pelo fato de o nível de dificuldade ser menos elevado que outros concursos é que as notas de corte são mais elevadas. O nível de perfeição de quem presta o concurso do Banco do Brasil é muito cobrado, justamente em razão de a dificuldade não ser tão alta para os candidatos. Ou seja, é uma prova que se resolve nos detalhes e com atenção”, explica.

Em suma: o especialista ressalta que todo esforço é essencial nesta reta final de preparação.

Luiz Rezende, gestor acadêmico do Qconcursos, aponta que é importante não negligenciar nenhuma matéria que vai cair na prova. Ele explica que o edital impõe um "acerto mínimo" de 50% aos candidatos. Ou seja, eles não podem zerar em nenhuma das matérias.

O candidato deve ficar atento às matérias do setor bancário. Veja outros destaques apontados por Rezende:

• Em Atualidades do Mercado Financeiro, as novas regras do PIX, Correspondentes Bancários e Marketplace são os temas mais relevantes.

• Em Conhecimentos Bancários, a estrutura do Sistema Financeiro Nacional (órgãos normativos e entidades de supervisão), produtos bancários (cartão de crédito, cartão de débito, crédito rural, título de capitalização) e garantias do sistema financeiro (aval, fiança, alienação fiduciária) são, também, temas relevantes.

• Em Vendas e Negociação, matéria mais importe ao lado de informática (15 questões com peso 1,5), os temas mais importantes são Marketing Digital (geração de leads, técnica de copywriting, gatilhos mentais, inbound marketing), marketing de serviços e de relacionamento e etapas de vendas.

Matérias das provas

Para agente de tecnologia, as provas objetivas terão 70 questões de múltipla escolha, com 25 questões de Conhecimentos Básicos e 45 questões de Conhecimentos Específicos.

Conhecimentos Básicos:

• Língua Portuguesa: 10 questões

• Língua Inglesa: 5 questões

• Matemática: 5 questões

• Atualidades do Mercado Financeiro: 5 questões

Conhecimentos Específicos:

• Probabilidade e Estatística: 5 questões

• Conhecimentos Bancários: 5 questões

• Tecnologia da Informação: 35 questões

Para agente comercial, as provas objetivas terão 70 questões de múltipla escolha, com 25 questões de Conhecimentos Básicos e 45 questões de Conhecimentos Específicos.

Conhecimentos Básicos:

• Língua Portuguesa: 10 questões

• Língua Inglesa: 5 questões

• Matemática: 5 questões

• Atualidades do Mercado Financeiro: 5 questões

Conhecimentos Específicos:

• Matemática Financeira: 5 questões

• Conhecimentos Bancários: 10 questões

• Conhecimentos de Informática: 15 questões

• Vendas e Negociação: 15 questões

Redação

O concurso terá também redação, na forma de texto em prosa do tipo dissertativo-argumentativo.

De acordo com o professor Heitor Ferreira, do Qconcursos, a Cesgranrio costuma cobrar dissertações com forte cunho crítico, exigindo do candidato um posicionamento dentro do texto. Além disso, é muito atualizada e pede conhecimentos da realidade do país.

Por isso, ele recomenda acompanhar acontecimentos nacionais e estaduais, entender algumas alterações políticas, sociais e culturais, e acima de tudo, treinar produzindo dissertações com perfis diferentes e temas transversais.

O professor aposta nos seguintes temas que podem ser abordados:

• Desafios da educação no Brasil;

• Impacto da tecnologia na sociedade contemporânea;

• O papel dos bancos no desenvolvimento econômico do país;

• A importância da sustentabilidade e preservação ambiental;

• A desigualdade social e econômica no Brasil;

• A questão da segurança pública no país;

• Os impactos da pandemia da Covid-19 na economia e na sociedade brasileira;

• Os direitos e deveres do consumidor;

• A importância da ética e da transparência no mundo corporativo;

• O papel da cultura e das artes na sociedade contemporânea.

Segundo Ferreira, o texto dissertativo-argumentativo organiza-se em três partes:

• Introdução: apresentação da ideia principal ou tese.

 Desenvolvimento: apresentação de argumentos que sustentam a ideia principal.

• Conclusão: apresentação de um resumo da ideia principal ou de uma sugestão para a resolução do problema.

Para produzir uma redação visando uma nota máxima, ele destaca as seguintes regras básicas:

• Tome cuidado com radicalismos: a banca quer que a defesa do ponto de vista ocorra com argumentos e posições claras, racionais e, principalmente, respeitosas. Por isso, evite usar qualquer expressão extremista, mesmo que sejam termos como “nunca”, “sempre”, “jamais”.

• Evite usar clichês, provérbios e citações sem critério: você pode acabar errando o autor da expressão (o que pega muito mal), ou até mesmo usá-la fora de contexto, o que pode direcionar a sua redação para um lado que você não quer.

• Rebuscar demais as palavras também não é uma boa ideia: seu texto pode ficar sem fluência e clareza, dificultando a compreensão do corretor, com isso, lembre-se: linguagem formal não é sinônimo de linguagem complicada.

• O uso da linguagem oral deve ser bem pensado: as expressões coloquiais e gírias não são adequadas a um texto que exige a norma culta da língua. Erros de gramática são deslizes graves e recorrentes de regras do português podem descontar muitos pontos da sua redação. Se houver dúvida na hora de usar algum termo, procure trocá-lo por outra palavra mais segura.

Por Marta Cavallini
Fonte: g1

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