Aluno da Universidade de Brasília ‘pula’ mestrado e é aprovado para PhD nos EUA

Via @metropoles | Recém-formado na Universidade de Brasília no Gama, Gabriel Filipe Manso foi aprovado para o programa de PhD em Massachusetts Institute of Technology (MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts em tradução livre). Ele se graduou em Engenharia de Software, no ano passado, e conseguiu ingressar para o programa equivalente ao doutorado brasileiro em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação no instituto americano, um dos mais concorridos do mundo.

Apesar de ter passado para cursar doutorado, o jovem não chegou a fazer o mestrado, pulando essa etapa. “O feito incomum certifica a excelência do ensino público e fortalece as pontes de internacionalização que a Universidade de Brasília proporciona”, informou a universidade em nota.

Gabriel vai viajar em agosto para os Estados Unidos, e as aulas terão início em setembro. A previsão é de concluir o curso em cinco anos.

A linha de pesquisa que o jovem vai seguir no MIT é voltada para estudar as questões econômicas e as consequências socioambientais no treinamento de modelos de inteligência artificial. “Hoje as pessoas falam bastante de inteligência artificial, pensam até que vai dominar o mundo e destruir a humanidade. Mas pouco se fala das coisas que estão acontecendo por trás das cortinas desses modelos”, contou Gabriel.

O objetivo do estudante é pesquisar quanto custa para manter as inteligências artificiais. “O treinamento de modelos de inteligência artificial está associado a custos extremamente altos. Esses custos são tão altos que, para a gente conseguir continuar melhorando esses modelos ao longo do tempo, isso pode ser um grande impedimento”, justificou

Trajetória

De acordo com a Universidade de Brasília, a concorrência para a realização de doutorado no exterior, especialmente no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, é difícil e que o aluno precisou focar na trajetória. “Enquanto aluno da graduação de Engenharia de Software, Gabriel teve a oportunidade, por exemplo, de apresentar trabalhos em conferências como na Munich Summer Institute (MSI) e no próprio MIT, o que rendeu alguns pontos para a sua aplicação ao instituto estrangeiro”. O jovem passou dois anos estudando e participando de projetos na UnB.

Ele também contou com cartas de recomendação dos professores da universidades brasiliense. Na trajetória, Gabriel procurou desenvolver pesquisas já no instituto que queria cursar. Em 2019, começou a trabalhar remotamente para o grupo de pesquisa do MIT, conhecido como FutureTech. Em junho do mesmo ano, ele foi convidado a participar das atividades pessoalmente como estudante visitante no instituto. Nos anos seguintes, devido à pandemia, as atividade mantiveram apenas de forma remota.

*Com informações Universidade de Brasília

Por Jade Abreu
Fonte: metropoles.com

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