“A Fox admitiu que disse mentiras sobre a Dominion”, disse John Poulos, CEO da empresa que fabrica as urnas eletrônicas. O processo teve início em 2020, quando a emissora de direita veiculou afirmações falsas sobre as urnas, levando à narrativa de que as eleições norte-americanas daquele ano teriam sido fraudadas.
A emissora conseguiu, com o acordo, evitar que o magnata da comunicação e dono da empresa, Rupert Murdoch, prestasse depoimento. Outro ponto sensível seria um depoimento do apresentador Tucker Carlson, ícone da extrema direita norte-americana.
Documentos anexados ao processo mostram que Murdoch e Carlson escolheram publicar notícias e comentários com ataques às urnas e ao processo eleitoral de forma consciente, para agradar a audiência que simpatiza com o ex-presidente Donald Trump.
A Dominion alegou nos autos que as informações mentirosas publicadas pela Fox News prejudicaram seu negócio, “antes uma das empresas de tecnologia de mais rápido crescimento na América do Norte”.
Mais mentiras
Apesar do acordo, outro processo semelhante corre na Justiça norte-americana. A Smartmatic, empresa de tecnologia e serviços de voto eletrônico, também alega ter sido alvo das notícias falsas da Fox News.
A narrativa é a mesma: a empresa teria participado da suposta “fraude” nas urnas e se recusado a prestar esclarecimentos sobre seu trabalho no pleito.
A ação é ainda mais onerosa para a Fox News, e os números giram em torno de US$ 2,7 bilhões de indenização (cerca de R$ 13,4 bilhões). O processo ainda está correndo e sem previsão de julgamento.
Com informações da Conjur
Por Redação JuriNews
Fonte: jurinews.com.br