"Prometi a mim mesmo que quem passasse pela minha gestão sempre teria um desligamento saudável, pois senti na pele o quanto é ruim, em um momento tão delicado, passar por uma gestão não humanizada", escreveu.
A publicação, considerada até piada, rendeu assunto a semana inteira na rede social. Carla Maris, que é especialista em gestão educacional, diz que ações desse tipo pode constranger. "Imagina a pessoa entrando no ônibus com esse balão de demissão. O povo gosta de romantizar situações que são desagradáveis por natureza", afirma.
Para ela, a demissão seria efetivamente saudável se a pessoa fosse avisada com antecedência, recebesse ajuda financeira para atravessar a fase inicial do desemprego ou indicação para algum curso, pago pela empresa, para ajudá-la a se realocar no mercado de trabalho.
O engenheiro químico Thiago Zucher Cerqueira acredita que demissão humanizada existe, mas é aquela em que o gestor informa a pessoa sobre a demissão, explica o motivo e agradece o período em que ela ficou na empresa. "Ninguém quer chocolate, petiscos ou balões na hora da sua demissão. Isso não existe. Ninguém quer comemorar momentos ruins", escreveu.
Dafne Carreira, que é especialista em RH (Recursos Humanos), diz que o ato desse gestor "pareceu até piada". "Amenizar os efeitos negativos de um desligamento faz parte da demissão humanizada. Mas isso vai muito além de ganhar um lindo balão de coração e bombonzinhos para adoçar a vida após uma notícia triste", opinou.
Por Isabelle Amaral
Fonte: r7