Segundo Andresa, o caso ocorreu enquanto ela aguardava pela chegada de um motorista de aplicativo. No momento, a mulher acusada sentou ao lado dela e pediu para que ela se retirasse. Questionando por qual motivo deveria sair, ela ouviu da mulher "que não gostava de gente escura" e, logo em seguida, mais uma série de frases racistas.
"Na hora eu nem estava acreditando. Mas comecei a analisar o que estava ouvindo e ver que era uma coisa bem chocante. Foi horrível ouvir aquelas coisas. Ela estava falando absurdos", disse Andressa em entrevista ao O Globo.
O momento foi filmado por Andresa. Em um trecho do vídeo, é possível ver a acusada afirmando que "odeia pretos" e não os suporta. Além disso, ela diz que se considera branca e chega até mesmo a debochar da polícia. "Chame a polícia, que é isso que eu quero. Adoro", disse ela.
Após ligação para a Polícia Militar, Andresa teria ouvido que não existia a possibilidade do envio de uma viatura, já que não houve agressão física. Entretanto, ela registrou boletim de ocorrência sobre o caso.
O advogado da vítima, Tiago Melo, conversou com o jornal O Globo sobre o caso, afirmando que a posição policial prejudicou a identificação do caso. "A ausência de policiais militares no local prejudicou a identificação da acusada. Até agora a gente não sabe quem é. Se a mulher fosse encaminhada à delegacia, ela teria que se identificar, o que não aconteceu", pontuou.
Tiago Melo contou, ainda, que chegou a retornar ao local com Andresa na tentativa de identificar a mulher. Ela ainda apareceu no estabelecimento e voltou a proferir ofensas contra os presentes.
"Ela voltou a praticar ofensas racistas, ofendeu a equipe de TV, chamou de pretos, disse que não queria eles próximos. Algumas pessoas nos disseram que ela tem algum distúrbio mental, mas isso precisa ser investigado e ficar provado com uma perícia. Não é para ela ficar na rua cometendo esses crimes", afirmou o advogado.
Escrito por Redação
Fonte: diariodonordeste.verdesmares.com.br