Na defesa, Dudu Camargo alega que faz elogios à roupa de Simony "reconhecendo a ausência de malícia". O jornalista disse que a autora que "inicia diálogo com teor sexual e vexatório, sendo respondida também em tom de brincadeira". Sobre o selinho, Dudu alega que Simony começou a brincadeira de que ele dava "selinho em todo mundo", "estando em uma situação amistosa, própria de um show televisivo, ele com a mão na cintura dela, e ela com a mão no ombro dele e inclinada para sua direção". E sobre os toques, o apresentador alega que foi um esbarrão e "tão logo percebida a situação acidental, retirou a mão imediatamente, sem ter 'apalpado' a autora, como dito na inicial".
O juiz Fernando de Lima Luiz não concordou com a argumentação da defesa e considerou que a ação de Dudu foi além do simples toque dos lábios, "segurando o pescoço da demandante enquanto esta tenta se retirar (ainda que a situação tenha durado pouco tempo)".
O magistrado define ainda como "situação grave" o toque ao corpo de Simony. "E, em seguida, nova situação grave ocorre, na medida em que o réu não só abraçoua demandante, como passou a praticar movimentos que simulam o ato sexual. Isso, contrariamenteao aduzido pela defesa, não pode ser entendido como uma mera brincadeira, algo jocoso, paradistração naquela entrevista".
Por Leonardo Ribeiro — Rio de Janeiro
Fonte: extra.globo.com