Na última semana, descobriu que havia conseguido 424 de 750 pontos, 34 abaixo do necessário para ingressar em qualquer universidade chinesa.
O milionário realiza o exame desde 1983, mas até hoje não conseguiu nenhuma aprovação.
Liang afirmou estar decepcionado com o último resultado. "Eu costumava dizer 'simplesmente não acredito que não vou conseguir', mas agora estou dividido", disse ele ao Tianmu News.
O gaokao cobra dos estudantes chinês, matemática e inglês, além de uma disciplina escolhida pelo aluno. Conhecido pela dificuldade e aplicado em três dias, o exame equivale ao Enem, sendo feito ao fim dos 12 anos de estudos dos chineses.
Aos 16 anos, Liang fez a prova pela primeira vez e, após ser reprovado, trabalhou em alguns empregos, mas continuou a se candidatar até chegar à idade-limite do exame, em 1992.
Quando a fábrica na qual trabalhava faliu, no mesmo ano, ele abriu a própria empresa, uma loja de atacado de madeira. Liang se tornou um empresário com boa remuneração e começou um negócio de materiais de construção.
Em 2001, o governo chinês mudou a idade permitida para participar do exame, e o milionário decidiu tentar a aprovação novamente. "Se você não cursa uma faculdade, sua vida não estará completa sem o ensino superior", falou ao jornal local The Papers, em 2014.
Desde então, Liang só falta no gaokao em caso de doença ou por agenda cheia. Para se preparar para a prova, ele estuda das 9h às 22h, com uma pausa curta para almoçar, entre setembro e junho.
Mesmo com o grande sonho de entrar na Universidade de Sichuan, que exige 600 pontos para o ingresso, o milionário está em dúvida se realizará o exame novamente. "Estive pensando se devo continuar. Talvez eu precise refletir sobre mim mesmo", disse ao Tianmu News.
Por Mariana Pacheco*
* Sob supervisão de Vivian Masutti
Fonte: R7