“Já enfrentei a Ditadura e já enfrentei o bolsonarismo, não me preocupo”, afirmou Barroso.
Em seguida, o ministro enfatizou em seu discurso: “Saio daqui com as energias renovadas pela concordância e discordância porque essa é a democracia que nós conquistamos.”
“Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, citou.
As falas de Barroso foram uma reação a um grupo de manifestantes que protestava contra ele no Congresso da UNE. Além das vaias, eles carregavam uma faixa com a frase “Barroso: inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016”.
Em setembro do ano passado, o ministro suspendeu o pagamento do piso salarial da enfermagem aprovado pelo Congresso Nacional por falta de detalhamento das fontes de custeio. Após o governo federal liberar mais de R$ 7 bilhões para estados e municípios pagarem os valores, Barroso revogou a suspensão.
Em resposta, o magistrado disse: “Fui eu que consegui o dinheiro da enfermagem porque não tinha dinheiro. Não tenho medo de vaia, porque temos um país para construir.”
O Congresso da UNE acontece em Brasília até o dia 15 de julho e Barroso participou da abertura do evento.
“Mais recentemente conseguimos resistir a um golpe de Estado que estava a caminho, portanto, temos compromisso com a história, com a verdade plural e com a obrigação de fazer um país melhor e maior”, completou.
A assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi procurada pela CNN para comentar as declarações de Barroso. No entanto, até agora, não houve resposta.
Pessoas próximas ao ex-presidente disseram que a fala de Barroso — “Nós derrotamos o bolsonarismo” — seria a confissão de que o TSE agiu contra o então candidato Bolsonaro na eleição de 2022.
Fonte: cnnbrasil.com.br