A decisão foi tomada em liminar concedida pela desembargadora Berenice Marcondes Cesar a pedido do locador de um imóvel na cidade de Osasco que cobra da igreja uma dívida em aluguéis estimada em cerca de R$ 910 mil. O valor inclui juros, correção monetária e multa.
O locador, no processo judicial, afirma que a Igreja Mundial tem o costume de não pagar seus credores, a despeito do fato de “ter milhares de adeptos e uma considerável arrecadação em dízimos, na ordem de milhões”. Ele diz ainda que o apóstolo Valdemiro “possui uma vida financeira de nível muito elevada”.
Na defesa apresentada à Justiça, a Mundial não nega a dívida, mas questiona os valores cobrados, declarando que várias parcelas citadas já foram quitadas. Disse ser uma entidade sem fins lucrativos, que depende unicamente do dízimo e das ofertas de seus fiéis para arcar com todas as suas despesas.
A Mundial afirmou ainda passar por uma grave situação financeira, lembrando que, durante a pandemia do coronavírus, foi obrigada a fechar suas portas, o que “ocasionou uma drástica diminuição da arrecadação”.
O apóstolo Valdemiro Santiago disse à Justiça não ser parte do contrato de aluguel e que não pode ser responsabilizado por dívidas da igreja.
Fundada em 1998 na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, por Valdemiro, um dissidente da Igreja Universal, a Mundial afirma ter cerca de 6 mil templos, de acordo com o seu site na internet.
A igreja é alvo atualmente de centenas de ações de cobrança. Nos processos, a Mundial costuma citar que, a despeito da sua grave crise financeira, presta serviços filantrópicos gratuitamente para pessoas necessitadas.
Por Redação JuriNews
Fonte: jurinews.com.br