O termo talvez não soasse tão destoante num Brasil em começo de século XIX — quando dom João 6º fugiu para cá, reformulou a colônia e fundou o órgão. “Fazenda era uma palavra do português arcaico, usada para designar coisas como riqueza, renda, dinheiro”, explica Rubens Ricupero, coordenador da Faculdade de Economia da FAAP e também ex-ministro da Fazenda.
Passados dois séculos, muita coisa mudou no ministério. A atividade central, no entanto, continua basicamente a mesma: pegar todo o dinheiro que o governo ganha e decidir a melhor forma de gastá-lo. Detalhe: o nome “Fazenda” ficou só no Brasil mesmo. Em Portugal, a instituição passou por uma reforma geral ainda em 1910 e foi rebatizada de “Finanças”.
O Ministério da Fazenda (MF) é o órgão que, na estrutura administrativa do Brasil, cuida da formulação e execução da política econômica nacional, da administração fazendária da União, por meio de sua Secretaria do Tesouro Nacional, e da administração superior da estrutura fiscal federal, por meio de sua Secretaria da Receita Federal. Sua autoridade superior é o ministro de Estado da Fazenda.
O Ministério da Fazenda deixou de existir entre 1 de janeiro de 2019 e 1 de janeiro de 2023, período do Governo Jair Bolsonaro. Por meio da medida provisória 870/2019, o Ministério da Fazenda, o Ministério do Planejamento, o Ministério da Indústria e Comércio Exterior e o Ministério do Trabalho foram transformados no Ministério da Economia (ME), e suas funções foram por ele absorvidas.
Origem da palavra “fazenda”
A etimologia da palavra “fazenda” vem do latim “coisas que devem ser feitas”. Mas também quer dizer “tesouro público” em português. O termo foi utilizado pela primeira vez em 1821, quando foi criado a Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda. Antes dessa época, em 1808, as finanças nacionais eram administradas pelo Tesouro Geral e Público ou Erário. Nessa mesma época a corte portuguesa se transferiu de Lisboa para o Rio de Janeiro.
O nome Ministério da Fazenda apareceu pela primeira vez em 1891, anos após a proclamação da República, sendo utilizado até os dias de hoje, com exceção no começo da década de 90 no Governo Collor que renomeou para Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento a fim de reduzir os gastos do governo unindo 3 ministérios em um só, e no Governo Bolsonaro que absorveu no Ministério da Economia. Espanha e Chile, também chamam de Ministério da Fazenda o órgão governamental que gerencia a economia desses países.
Fonte: hridiomas.com