A proposta foi apresentada pela primeira vez em 2021 como uma emenda da PEC da reforma administrativa, mas o texto não foi votado. Agora, como PEC autônoma, ainda engatinha no Congresso, mas pode significar uma economia de até R$ 15 bilhões anuais aos cofres públicos.
Atualmente, agentes públicos como juízes, desembargadores e ministros do Supremo Tribunal Federal podem receber até R$ 41.650, que é o teto do funcionalismo. Mas por conta de penduricalhos, como indenizações, acúmulo de férias e diversos auxílios, os salários ultrapassam até R$ 900 mil.
A PEC pede o fim de:
• férias anuais maiores que 30 dias;
• adicionais referentes a tempo de serviço;
• aumento de remuneração retroativa;
• licença-prêmio, licença-assiduidade ou outra licença por tempo de serviço;
• redução de jornada sem redução de remuneração;
• aposentadoria compulsória como punição;
• adicional ou indenização por substituição;
• promoção por tempo de serviço;
• parcelas indenizatórias, e;
• soma da remuneração de cargos;
Kataguiri também é o autor de um projeto de lei para padronizar as nomenclaturas dos subsídios e benefícios de cada juiz em seus contracheques. Atualmente, o Conselho Nacional de Justiça não esclarece o que cada magistrado recebe, pois cada tribunal tem seu próprio modelo. “É preciso transformar isso em lei e obrigar a publicarem os contracheques com as siglas e com o significado das siglas, com uma padronização no Brasil inteiro”, disse o deputado ao blog.
“Temos que saber qual recebimento é legal, o que significa cada subsídio, quanto cada Tribunal custa, quanto cada comarca custa. Isso tudo para que a gente ao menos possa constranger esses magistrados” — Kim Kataguiri.
A transparência do CNJ realmente está deixando a desejar. O Tribunal de Justiça do Piauí, por exemplo, não apresenta os contracheques no sistema do CNJ desde outubro de 2019. Os TJs do Ceará e de Roraima também não divulgam desde 2021 e 2022, respectivamente. Entre os Tribunais Regionais, o TRT-14 e o TRT-21 não prestam contas desde outubro de 2020 e outubro de 2021, respectivamente.
Fonte: metropoles.com