A votação, em plenário virtual, terminou com um placar de 5 a 2. Somente os ministros indicados por Bolsonaro, Nunes Marques e André Mendonça, votaram contra a decisão. As quatro ações em julgamento estavam sob relatoria da ministra Rosa Weber e do ministro Edson Fachin.
Nos processos de relatoria de Rosa Weber, foi declarada a inconstitucionalidade de normas sobre:
• presunção de veracidade sobre os fatos e circunstâncias declarados pelo requerente, para fins de aquisição de arma de fogo;
• ampliação da quantidade de armas de fogo que poderiam ser adquiridas pelos colecionadores, caçadores e atiradores;
• possibilidade de aquisição por particulares de armas que, anteriormente, restringiam-se ao uso privativo das Forças Armadas e órgãos de segurança pública
• prazo de validade de dez anos para o porte de armas;
• importação, por comerciantes e pessoas particulares, de armas de fogo estrangeiras;
Já nas ações que estavam sob relatoria de Fachin, foi determinado que:
• posse de armas de fogo só pode ser autorizada às pessoas que demonstrem concretamente, por razões profissionais ou pessoais, possuírem efetiva necessidade;
• o Poder Executivo não pode criar presunções de efetiva necessidade outras que aquelas já disciplinadas em lei;
• limitação dos quantitativos de munições adquiríveis se vincula àquilo que, de forma diligente e proporcional, garanta apenas o necessário à segurança dos cidadãos;
• aquisição de armas de fogo de uso restrito só pode ser autorizada no interesse da própria segurança pública ou da defesa nacional, não em razão do interesse pessoal do requerente;
Inelegibilidade
O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta segunda-feira (3/7), a escolha de outro político de direita para se candidatar nas eleições de 2026, já que por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o político está inelegível até 2030.
Questionado sobre o tema, Bolsonaro disse que não é justo que ele já declare apoio a algum outro nome para as eleições. “Não é justo, eu estou na UTI ainda, não morri ainda, alguém já querer dividir o meu espólio.”, disse em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan News.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos em decisão do TSE na última sexta-feira (30/6). Por 5 votos a 2, os ministros da Corte Eleitoral entenderam que o ex-mandatário cometeu abuso de poder político e usou indevidamente os meios de comunicação durante reunião convocada com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.
Por Júlia Portela
Fonte: metropoles.com