Airan tem sido apoiado na disputa pelo ex-presidente do STJ Humberto Martins, e pelo senador Renan Calheiros. Também é próximo do ex-ministro José Dirceu. O desembargador presidiu o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) de 2019 a 2021.
Em 2017, uma advogada apresentou uma reclamação disciplinar contra Airan no Conselho Nacional de Justiça, por supostamente ter atropelado regras jurídicas. O desembargador havia contrariado a advogada numa ação contra a petroquímica Braskem.
Irritado, o desembargador gravou mensagens de voz no WhatsApp chamando a colega de “vagabunda”, “sacana”, “ficha corrida pouco recomendável” e “nojenta”, entre outros impropérios. A advogada, então, apresentou uma queixa-crime ao STJ, que foi aceita pela Corte Especial do tribunal.
Em dezembro do ano passado, Airan anexou ao processo um pedido formal de desculpas à advogada. O desembargador alegou que foi “tomado de emoção” e ponderou que foi acusado “levianamente” de corrupto pela colega. A advogada, por sua vez, afirmou: “Aceito sua retratação como pedido de desculpas, o perdão fica para Deus, eu sou uma mera humana”.
Na próxima quarta-feira (23/8), o STJ definirá uma lista quádrupla para as duas vagas destinadas à Justiça Estadual. A palavra final será de Lula.
Procurados, o desembargador Tutmés Airan e o TJAL não responderam. O espaço está aberto a eventuais manifestações.
Por Eduardo Barretto
Fonte: metropoles.com