A fase de avaliação psicológica possui caráter eliminatório. Portanto, é fundamental ter conhecimento sobre os critérios que serão utilizados no teste para avaliar o seu perfil psicológico.
Neste artigo, vou explicar possíveis causas para reprovação, além de fornecer orientações para lidar com a reprovação no teste psicológico da PRF e PF. Confira.
Como funciona o Teste Psicológico da PF e PRF?
A fase de avaliação psicológica no concurso da PF e PRF visa detectar possíveis desvios comportamentais, problemas psicológicos, traços da personalidade e demais características psicológicas do candidato.
A avaliação realizada reúne um conjunto de procedimentos técnicos padronizados e pré-definidos pelo Conselho Federal de Psicologia para avaliar o perfil profissiográfico.
O perfil profissiográfico necessário é determinado por uma análise minuciosa das atividades pertencentes ao cargo disponível. Assim, determinando os requisitos psicológicos pertinentes para o desempenho laboral.
As avaliações podem ser realizadas através de testes escritos, entrevistas, simulações e até atividades práticas.
Os testes avaliam os aspectos da personalidade do candidato, as habilidades cognitivas e socioemocionais, a inteligência, a estabilidade emocional, controle dos impulsos e valores éticos.
A etapa de teste psicológico no concurso é realizada após as provas escritas e teste de aptidão física. Contudo, é necessário que esta etapa esteja prevista legalmente e no edital.
Principais causas de reprovação no Teste Psicológico da PRF e PF
As causas de reprovação no Teste Psicológico da PRF e PF podem variar entre os requisitos psicológicos exigidos, tipos de teste e até por ilegalidade da banca.
Reprovação por requisitos psicológicos não atendidos
Uma das principais causas é a inconsistência ou falta de coerência do candidato nas respostas. Se o candidato for contraditório ou inconsistente poderá ser reprovado pela falta de confiança.
A ausência de traços e habilidades específicas, ou a presença de traços incompatíveis para o bom desempenho do cargo desejado pode reprovar o candidato no teste psicológico.
Assim como, o baixo desempenho do candidato nas habilidades específicas solicitadas também pode reprovar. Por exemplo, pontuação baixa nos testes de raciocínio lógico, memória e aptidão cognitiva.
Geralmente, o baixo desempenho ocorre pelo candidato não conhecer os testes e, até mesmo, por preenchimento inadequado de informações durante o exame.
Outra causa de reprovação é a identificação de problemas psicológicos durante os testes, como dificuldades emocionais significativas demonstradas pelo candidato.
Além das causas mencionadas, a reprovação na fase do exame psicológico também pode ocorrer por ilegalidade da banca examinadora.
Saiba mais: Como funciona o exame psicotécnico em concursos?
Reprovação por ilegalidade da banca examinadora
A ilegalidade no exame psicológico por parte da banca é observada quando:
• não avalia de forma adequada o perfil psicológico do candidato;
• exige um perfil diferente do mencionado no edital; ou
• quando não possui clareza na avaliação.
Todos os requisitos necessários e o perfil psicológico exigido devem estar descritos no edital do concurso. O teste e a banca precisam ser objetivos em relação às exigências.
É fundamental que o candidato tenha conhecimento sobre o perfil psicológico necessário para o cargo, sobre os testes que serão aplicados e que possua preparo psicológico e emocional no exame.
O seu preparo psicológico e emocional evitará que tenha comportamentos e resultados que causam reprovação. Assim como, a familiarização com os testes semelhantes aos que serão aplicados.
Optar por uma avaliação psicológica particular antes do teste psicológico da PRF e PF para verificar sua compatibilidade com o perfil exigido no edital pode auxiliar na sua preparação.
Saiba mais: O que é banca examinadora de concurso?
O que fazer após a reprovação no Teste Psicológico da PRF e PF?
Caso a sua reprovação seja motivada por uma ilegalidade, é possível contestar o resultado através de recurso administrativo. No próprio edital do concurso terá as orientações necessárias.
No entanto, é fundamental buscar auxílio de um profissional da área da psicologia para rever os testes e o laudo final. Desse modo, é possível identificar as falhas e recorrer.
A banca precisa avaliar um conjunto envolvendo conduta, perfil, conhecimento, informações e pontuação do teste do candidato em relação aos requisitos prévios do exame, para concluir o resultado.
A motivação da reprovação deve ser proporcional, razoável, clara e detalhada. A falta de objetividade e clareza do resultado configura ilegalidade.
Se o recurso administrativo não surtir resultado positivo, você pode acionar um advogado especialista para acionar a justiça e garantir direito de refazer o teste psicológico.
Quando a fase de teste psicológico não é prevista no edital, o judiciário concede nulidade e o candidato prossegue para as demais etapas do concurso.
Saiba mais: Como deve ser a resposta da banca examinadora no recurso
Dicas para se preparar para o Teste Psicológico da PF e PRF
Ao iniciar o preparo para a fase de teste psicológico da PF ou PRF é recomendado que o candidato conheça o perfil psicológico desejado para o cargo, que consta no edital do concurso.
• busque material de estudo da área;
• se preparar através de simulados;
• trabalhe suas habilidades emocionais;
• mantenha uma rotina saudável;
• cuide da sua saúde mental.
Faça análises e autorreflexão para reconhecer seus pontos fortes e os aspectos a serem melhorados. Para isso, busque apoio de um profissional em psicologia para te auxiliar durante a fase de preparação, se necessário.
Conclusão
A fase de testes psicológicos da PRF e PF deve estar prevista no edital do concurso. Assim como, os requisitos psicológicos necessários que serão exigidos nos testes devem estar descritos no edital.
As causas de reprovação no teste psicológico podem ocorrer por descumprimento de exigências por parte do candidato ou por ilegalidade cometida pela banca.
Desse modo, é fundamental que o candidato esteja preparado para o teste psicológico para evitar reprovações ou para reconhecer possíveis ilegalidades durante o exame.
Caso desconfie de ilegalidades, fale com um advogado especialista, para contestar o resultado através de recurso administrativo ou ação judicial.
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Agnaldo Bastos, advogado especialista em ajudar candidatos de concursos públicos que sofrem injustiças e, também, servidores públicos perante atos ilegais praticados pela Administração Pública, atuando em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e em Ações de Ato de Improbidade Administrativa.
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Fonte: concursos.adv.br