Vereador é condenado por dizer que mulheres trans ‘devem sofrer uma coça’ ao usarem banheiro feminino

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Via @gazetaweb | A Justiça condenou o vereador do município de Coruripe (AL), Franciney Joaquim dos Santos (MDB), a mais de três anos e meio de reclusão, após dizer que mulheres trans devem "sofrer uma coça" caso tentem usar banheiros femininos. A declaração foi proferida no plenário da Câmara Municipal, em abril deste ano.

O comentário repercutiu na cidade e, agora, resultou na condenação. O parlamentar também deve pagar 250 dias-multa, cada um no valor de um salário mínimo.

A sentença foi proferida pelo juiz Filipe Ferreira Munguba, considerando a gravidade da situação e o fato de o réu ser bacharel em Direito, tendo, portanto, conhecimento da legislação. "Por isso, ao proferir o discurso de ódio, na condição de vereador, cujas palavras têm potencial de influenciar seus eleitores e terceiros, revelou uma intensidade do dolo que extrapola o tipo penal, devendo ser valorada essa circunstância em seu desfavor", diz trecho da sentença.

Apesar da condenação, o vereador poderá recorrer em liberdade, desde que cumpridas algumas medidas cautelares estabelecidas pela Justiça, como a proibição de mudar de endereço ou de se ausentar dele por mais de oito dias sem prévia comunicação; a proibição de frequentar bares, casas noturnas, tavernas e estabelecimentos similares, e a determinação de excluir de seu perfil no Instagram, bem como em outras redes sociais suas em que eventualmente o discurso tiver sido postado, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, o vídeo de seu discurso na de fala na 82ª Sessão Ordinária da Câmara dos Vereadores de Coruripe-AL.

O pronunciamento do vereador foi feito no último mês de abril. Na ocasião, o parlamentar comentou, em uma sessão da Câmara Municipal, um fato ocorrido na cidade, no qual um gari teria impedido o acesso de uma mulher trans a um banheiro público feminino. O vereador teria concordado com a atitude do servidor e estimulado a violência contra mulheres trans que tentassem usar equipamentos públicos femininos.

Por Jamylle Bezerra
Fonte: gazetaweb.com

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