A empresa matriz da rede social argumenta em seu processo federal que a lei AB 587 viola o direito da liberdade de expressão.
"A verdadeira intenção da AB 587 é pressionar as plataformas de redes sociais para remover certos conteúdos protegidos constitucionalmente e considerados problemáticos pelo Estado", diz o processo. "O Estado obriga as empresas de redes sociais a assumirem posições públicas sobre questões controversas e politicamente carregadas", continua.
O processo atacou os regulamentos, que exigem que as empresas de redes sociais tornem públicas as suas políticas relativas ao discurso de ódio, desinformação, assédio e extremismo nas suas plataformas, e que reportem dados sobre a aplicação dessas diretrizes.
"A Califórnia não ficará parada enquanto as redes sociais são usadas como armas para espalhar o ódio e a desinformação que ameaçam as nossas comunidades e os valores fundadores como país", declarou o governador do estado, Gavin Newsom, quando assinou a lei há um ano.
"Os californianos merecem saber como estas plataformas impactam a nossa opinião pública, e esta ação traz a tão necessária transparência e responsabilização às políticas que moldam o conteúdo das redes sociais que consumimos todos os dias", disse ele.
Elon Musk, dono da plataforma, ameaçou esta semana processar a ADL (Liga Anti-Difamação) por acusações de antissemitismo, que ele culpa pela queda das receitas de sua empresa. Ele acusa a organização judaica com sede nos EUA de apresentar queixas infundadas contra ele e a rede social que afastaram os anunciantes.
A ADL acusa há anos esta rede social de amplificar o discurso antissemita. De acordo com a ADL e o CCDH (Centro de Combate ao Ódio Digital), o discurso problemático e racista aumentou significativamente desde que Musk comprou a rede em outubro.
Desde então, o chefe da Tesla demitiu milhares de funcionários da plataforma, cortou a moderação de conteúdo e restabeleceu a conta do ex-presidente americano Donald Trump. No mês passado, Musk processou a CCDH, acusando-a de uma campanha difamatória que prejudicou o relacionamento da rede social com os anunciantes.
Fonte: R7