As peças, um conjunto de camisa e calça listrados com as cores branca e azul, foram vistas como semelhantes às roupas impostas aos judeus durante a 2ª Guerra Mundial.
Uma das críticas que mais viralizaram foi a da especialista em cultura material e consumo, semiótica psicanalítica da USP Maria Eugênya (veja abaixo). A publicação já conta com mais de 111 mil curtidas e 7 mil compartilhamentos.
Na postagem, ao relacionar a peça da loja ao uniforme, ela diz que é necessário "conhecer a história" e afirma acreditar que é "puro cinismo" colocar o "uso estético acima de crítica ou memória histórica".
Em nota enviada após a polêmica, a Riachuelo pediu desculpas, afirmou que a escolha do modelo das peças e da cartela de cores "realmente foi uma infelicidade" e informou que todas as peças já estão sendo retiradas das lojas e do e-commerce da empresa (veja o posicionamento da empresa na íntegra ao final da reportagem).
Tá faltando aula de História - e noção, pros estilistas da Riachuelo. pic.twitter.com/bmqxlXuTus
— Maria Eugênya 🐆 (@myapacioni) September 10, 2023
O pijama que o Vargas se matou 😮😮😮 https://t.co/WJRMrtBKwB
— cory sorriso do ryan Gosling (@odeiodeathgrips) September 11, 2023
Tá de brincadeira mano https://t.co/Zbk0vhajFh
— Kaue Rodrigues (@Ka2kaisac12) September 11, 2023
tem nem como tentar defender né, falar que é tendência e tal, é idêntico... https://t.co/GHoj1JCvsP pic.twitter.com/colssqqiCK
— Isabela (@shwncomic) September 11, 2023
Veja o posicionamento da Riachuelo na íntegra:
"Nós, da Riachuelo, prezamos pelo respeito por todas as pessoas, e esclarecemos que, em nenhum momento, houve a intenção de fazer qualquer alusão a um período histórico que feriu os direitos humanos de tanta gente.
A escolha do modelo das peças e da cartela de cores realmente foi uma infelicidade, e gostaríamos de reforçar que todas as peças já estão sendo retiradas das nossas lojas e e-commerce.
Entendemos a sensibilidade do assunto, agradecemos o alerta trazido pelos nossos consumidores e pedimos desculpas a todas as pessoas que se sentiram ofendidas pelo que o produto possa ter representado."
Por Isabela Bolzani
Fonte: g1