O vídeo de Maurício abrindo a encomenda, feita em julho de 2022, viralizou nas redes sociais na época. Na gravação, ele diz ter ligado para o serviço de atendimento da Amazon e recebido apenas um link para deletar sua conta. Maurício recebeu o produto correto 19 dias depois.
Maurício pedia uma indenização de R$ 73 mil, alegando que sofreu com crises de ansiedade e deixou de fazer uma viagem em decorrência do erro no envio do produto.
Assista:
A decisão da 26ª Câmara de Direito Privado de São Paulo, que negou o pedido de indenização, confirmou o entendimento do juiz de 1ª instância Renato Siqueira de Pretto, da 10ª Vara Cível de São Paulo.
Os desembargadores Carlos Dias Motta, Maria de Lourdes Lopez Gil e Vianna Cotrim entenderam que o prazo de 19 dias para a entrega do produto correto foi “razoável”. Segundo eles, o envio dos potes de areia representa um “mero aborrecimento, não havendo que falar em dano moral”.
Na sentença de 1ª instância, proferida em abril, o juiz Renato Siqueira de Pretto afirmou que não ficou caracterizado o “mau atendimento”.
“Apesar de a parte autora ter recebido, em um primeiro momento, três potes de areia no lugar do produto adquirido pelo site da ré, não se evidencia o mau atendimento”, diz o juiz. “Além de a requerida ter enviado o produto correto dentro em 19 dias depois do fatídico episódio, ela também assistiu o requerente até a efetiva solução do problema, assumindo os danos advindos da entrega executada pelo parceiro comercial”, completou.
Em seu perfil no Instagram, Maurício reclamou do resultado do julgamento e desejou “boa sorte” a clientes da Amazon que eventualmente venham a passar pelo mesmo transtorno.
“Perdi a ação e recurso contra a Amazon. Receber uma caixa de areia mijada, ter tido uma das piores crises de ansiedade da vida e ter que me expor nas redes sociais para que resolvessem o golpe, para a Justiça não passou de um ‘mero aborrecimento’. Boa sorte aos que passarem por alguma situação parecida.”
Por Renan Porto
Fonte: metropoles.com