Nas imagens, é possível ver um grupo de alunos na plateia com calções abaixados, com o pênis de fora, e se masturbando enquanto jovens da Universidade São Camilo estão em quadra.
Assista:
Nesse domingo (17/9), o vídeo foi compartilhado na rede social X pelo influenciador Felipe Neto, que tem 16,5 milhões de seguidores. Ele cobrou um posicionamento da Universidade Santo Amaro, que ainda não se manifestou.
“Olá @UnisaOficial – o Brasil está esperando o posicionamento de vcs quanto aos alunos de medicina q se masturbaram publicamente nos jogos universitários, cometendo crimes. A faculdade não vai se pronunciar? Não vai fazer nada?”, questionou.
Entre os mais de 800 comentários, várias pessoas relatam sentir “nojo” e “revolta” diante das imagens. “Imagina se você tem um problema grave de saúde e o médico que vai te operar fazia punhetaço em estádio”, pondera um seguidor.
Alunos da Universidade Santo Amaro ouvidos pelo Metrópoles afirmam que a prática é considerada “normal” em eventos universitários de Medicina.
“Tava todo mundo zoando. Não tem nada a ver com bater punheta. A ideia era mostrar o pau para a torcida rival, isso é normal em jogos de Medicina. Jogo de Medicina é como se fosse um outro universo. A gente sabe separar as coisas. Ninguém vai sair fazendo isso por aí”, afirma um aluno.
Durante o Intermed, realizado entre 7 e 10 de setembro, em Bauru, estudantes da Unisa deram uma espécie de “volta olímpica” com as calças arriadas e pênis de fora. As imagens também viralizaram durante o fim de semana.
Essa, dizem os alunos, seria uma tradição dos jogos. A “volta olímpica” costuma acontecer durante a abertura do evento.
Em nota, a Universidade São Camilo confirmou que a Atlética do curso de Medicina participou do torneio Calomed, ocorrido entre abril e maio em São Carlos. Na ocasião, as estudantes da universidade disputaram um jogo contra a equipe da Unisa.
“Os alunos da Unisa, saindo vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra. Não foi registrada, naquele momento, nenhuma observação por parte das nossas alunas referente à importunação sexual”, diz a nota.
A instituição informou, ainda, que nenhuma aluna da faculdade registrou ocorrência por atentado ao pudor.
Em nota de esclarecimento nas redes sociais, a Associação Atlética Acadêmica José Douglas Dallora, do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, informou que as imagens que viralizaram “não representam os princípios e valores” da entidade.
“Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório”, diz a nota. A Atlética reiterou o “compromisso exclusivo com o esporte e seu incentivo dentro do ambiente acadêmico”.
Fonte: metropoles.com