Na legenda da imagem, a deputada teceu uma série de perguntas, associando a geração de imagem ao que ela chama de racismo algorítmico: "Não pode uma mulher negra, cria da favela, estar num espaço que não da violência? O que leva essa “desinteligência artificial” a associar o meu corpo, a minha identidade, com uma arma?
Renata também critica a estrutura racista presente nos espaços e ferramentas, inclusive tecnológicas, na qual aponta os erros a partir do reconhecimento fotográfico em delegacias. "Enquanto presidenta da CPI do Reconhecimento Fotográfico observo o quanto pessoas negras podem ser vitimadas por mecanismos, como o reconhecimento facial, mesmo sendo inocentes".
Na noite de quarta-feira, a deputada havia divulgado um vídeo explicando que a criação da arte foi uma tentativa de participar de uma "trend", conteúdo de popularização instantânea nas redes sociais. A imagem, segundo ela, foi produzida pela Microsoft Bing, empresa que ela disse entrar em contato para buscar "um canal de diálogo". Renata também reforçou que situações como essa ajudam a fortalecer a estrutura racista, criminalizando "corpos e territórios negros".
Fonte: oglobo.globo.com