Marcos foi abordado por policiais neste domingo (5) e convidado a se retirar da sala pois supostamente havia um pedido de mandado de prisão no nome dele.
“A defesa tem total interesse no esclarecimento do fato, onde irá requerer a todas as autoridades competentes as devidas respostas sobre o caso, buscando posteriormente as proporcionais penalidades, por meio de procedimentos administrativos e judiciais”, informa a nota dos advogados.
Além disso, o advogado de Marcos, Allan Negreiros, disse que pretende solicitar mais informações à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) para entrar com uma ação na Justiça em busca de uma indenização por danos morais.
Relembre o caso
Marcos Antônio foi confundido com uma pessoa com o mesmo nome e idade que ele e foi obrigado a deixar a sala em que fazia a prova do Enem.
Os policiais pediram o documento de identificação dele, e notaram que apesar do nome e a data de nascimento serem as mesmas das que estavam no mandado, os nomes dos pais eram diferentes e o homem procurado era nascido na Paraíba.
O candidato foi levado até o Instituto de Identificação Tavares Buril, no Centro do Recife, para checar as impressões digitais e não conseguiu retornar para finalizar a prova. Após ser liberado pela delegacia, o candidato prestou uma queixa por danos morais pelo fato de não ter conseguido finalizar o exame.
Marcos fez a prova na Escola Estadual Assis Chateaubriand, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife. Ele contou que não pediu para refazer a prova pois está abalado psicologicamente.
Autoridades se pronunciaram sobre o caso
A Polícia Federal e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informaram através de uma nota conjunta que a situação ocorreu por conta do cruzamento de dados entre a Polícia Federal e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
“Foram identificadas duas pessoas inscritas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que possuíam mandados de prisão em aberto. O primeiro, na Faculdade Alpha, que foi cumprido; e o segundo, na Escola Assis Chateaubriand, ambos no Recife”, diz o comunicado.
A nota de esclarecimento ainda ressalta que foi identificada uma "divergência nos dados de filiação que constava no mandado judicial, no cumprimento do segundo mandado, por isso, o mesmo foi liberado pelo delegado de plantão”.
A polícia também investiga o uso do CPF de Marcos Antônio pelo suspeito, que estaria praticando falsidade ideológica.
Por Adelmo Lucena
Fonte: diariodepernambuco.com.br