Ex-funcionária acusa Neymar de exploração e exige R$ 2 milhões de indenização

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Via @noticiasdatvoficial | Uma brasileira de 35 anos denunciou Neymar Jr. ao tribunal trabalhista de Saint-Germain-en-Laye, em Paris. A mulher, que teve a identidade preservada, acusou o atacante do Al-Hilal de tê-la empregado ilegalmente com carga horária excessiva de sete dias por semana entre janeiro de 2021 e outubro de 2022 --período em que o jogador atuava no PSG, na França. Pelo trabalho não declarado, ela exigiu € 368 mil (quase R$ 2 milhões, na cotação atual) de indenização.

A denúncia de trabalho oculto pela doméstica foi revelada pelo jornal francês Le Parisien. A assessoria do atleta afirmou que desconhece o assunto oficialmente "porque o Neymar não foi sequer citado".

Segundo o veículo, a mulher vivia na França sem visto ou documentos para trabalhar. Ela disse que os pagamentos eram feitos em espécie para evitar declará-la como funcionária ao sistema fiscal francês.

O jogador tem uma mansão luxuosa na cidade de Bougival, em Yvelines, a cerca de 20 km do centro de Paris. É nesta propriedade que a mulher alegou ter trabalhador em situação irregular.

Além do trabalho oculto, a empregada ainda reclamou das horas extras não remuneradas e disse que teve de trabalhar até 15 dias antes do nascimento prematuro do quarto filho --sem direito nem a acompanhamento médico. Ela não voltou ao cargo após o parto e afirmou não ter recebido nenhum tipo de ajuda ou contato por parte do patrão ou da equipe do atleta.

Histórico

A brasileira afirmou que foi explorada pela primeira vez na festa de 27 anos de Neymar, em 4 de fevereiro de 2019, quando atuou como ajudante de cozinha. Ela explicou que foi recrutada por um homem chamado Mauro, um dos integrantes da comitiva do craque.

Mauro teria chamado a mulher de volta em maio de 2020 "para trabalhar com maior regularidade para Neymar Júnior, sem atingir o período integral", como consta na nota da intimação enviada ao tribunal pelos advogados da brasileira.

A partir de janeiro de 2021, ela teria começado a trabalhar com mais frequência para o atacante. Além de cuidar dos afazeres domésticos, a brasileira disse que fazia as unhas da namorada do jogador, Bruna Biancardi.

Ainda segundo o jornal francês, a mulher registrava suas horas em um caderno, não tinha contrato de trabalho, recebia € 15 líquidos (cerca de R$ 80) por hora e trabalhava quase 70 horas semanais, sem direito a um único dia de folga ou férias remuneradas.

Sem recursos financeiros, a doméstica disse que precisou pedir ajuda a associações de caridade, como Secours populaire e Restos du Coeur, para sustentar sua família.

De acordo com o Le Parisien, Caroline Toby e Vincent Champetier, os advogados da brasileira, chegaram a enviar uma carta a Neymar em junho passado para fazer um acordo amigável, mas não tiveram resposta.

Por isso, a brasileira optou por levar o caso ao tribunal industrial e ameaça denunciar o atleta para o tribunal criminal da França. Os defensores também pediram ao tribunal que informe o promotor público de Paris sobre o crime de trabalho não declarado, conforme exigido pela lei.

"Neymar explorou a posição precária de nossa cliente para impor a ela condições de trabalho indignas, violando as regras básicas da lei trabalhista", afirmaram os advogados.

Fonte: noticiasdatv.uol.com.br

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