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“Gente, quem quer ter um cachorro tem que ter em casa. Preso no pátio, amarrado. Eu, lá na casa da minha mãe, nós temos quatro. Se sair do pátio e incomodar o vizinho, pode matar e eu parabenizo quem matou. Tem que ser na casa”, disse o vereador, da tribuna.
Segundo Mota, em resposta ao g1, declaração ocorreu após um morador do município sofrer um acidente de trânsito depois de ter a frente cortada por um cachorro. Além disso, ele afirmou que produtores rurais estão sofrendo perdas materiais por cães que invadem as propriedades.
“De repente por não ter muito estudo e ser um cara da roça, meio grosso, a gente se expressa errado. Eu, perante a Deus, Deus sabe qual foi a minha intenção. As pessoas podem tentar me incriminar, mas eu não dou bola. Eu sei, como cristão, o que eu quis dizer”, disse Mota.
Na terça-feira (31/10), o vereador se defendeu das críticas alegando que fala foi mal interpretado. Ele negou as acusações de apologia a violência animal e disse que declarações pediam apenas maior responsabilidade dos tutores com seus pets.
“Em momento algum eu falei que tem que matar. Quando eu digo que tem que eliminar é tirar da rua”, disse.
Nesta quarta-feira (1º/11), o parlamentar citou “discordância política” como motivação para o vídeo com a fala estar viralizando nas redes e apontou uma suplente de vereadora de Teutônia, município vizinho, de divulgar o material. Ela seria defensora da causa animal.
Repercussões do caso
Três denúncias anônimas sobre o discurso do parlamentar municipal chegaram ao Ministério Público do Rio Grande do Sul. Além disso, o caso viralizou depois que o deputado federal Delegado Bruno Lima (PP) repostou as declarações em suas redes sociais. Segundo Bruno, um ofício já foi feito para que as falas sejam investigadas.
No dia 23 de outubro, Leo Mota reafirmou o posicionamento durante sessão da Câmara, dizendo que “em Fazenda Vilanova, nós não temos cachorro de rua. Aqui nós temos cachorro com dono que vive na rua”, em um primeiro vídeo publicado sobre o acontecido.
Leo Mota está em seu quarto mandado no Legislativo, tendo sido reeleito em 2020 com 163 votos.
Por Iago Silva
Fonte: metropoles.com