Ao TNH1, Geraldo confirmou que o suspeito já havia tentado intimidar as testemunhas e os clientes dele duas vezes, em audiências anteriores. “Nunca tive nenhuma discussão com ele, mas estava usando uma pochete, não sei se estava armado. Isso me assustou”.
O advogado informou ao TNH1 que a ação trabalhista em questão se tratava de um reconhecimento de vínculo. A empresa do suspeito terceiriza o serviço de motoboys para entregas.
“Ele não assinava carteira, não pagava adicional de periculosidade e fingia uma prestação de serviço autônomo, mas a situação dos empregados era clandestina”, explicou Geraldo.
O processo envolve a empresa do agressor e uma tomadora dos serviços oferecidos por ela. No momento da agressão, o advogado da outra envolvida na ação foi testemunha da vítima e chamou socorro.
“Ao longo dos mais de 9 anos de profissão, posso dizer que este foi o momento mais triste que já vivi naquela Justiça do Trabalho. Faltam-me palavras para descrever o que foi sofrer tal violência no meu ambiente de trabalho”, escreveu Geraldo em sua rede social.
O relato do advogado dá conta que ele passou a tarde na delegacia para registrar a ocorrência. “Infelizmente, nada de concreto foi feito no momento da ocorrência para que se realizasse a prisão em flagrante por coação processual, ameaça, lesão corporal e dano, apesar das testemunhas presentes, imagens registradas e da existência de força policial no prédio da Justiça do Trabalho”.
Geraldo também foi ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito para documentar algumas lesões físicas, nenhuma foi grave. As provas já estão à disposição da Polícia Civil, para instrução do inquérito e ação penal.
Veja o momento da agressão:
O TNH1 entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas, por meio da assessoria de comunicação, e aguarda o poscionamento da OAB.
Por João Arthur Sampaio
Fonte: tnh1.com.br