VÍDEO: aos gritos, juíza de SC pede que testemunha obedeça a pedido dela em audiência

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Via @nsctotal | Uma audiência trabalhista que ocorreu em 13 de novembro deste ano em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, está repercutindo nos bastidores jurídicos. Durante o ato, uma juíza do Trabalho repreendeu, aos gritos, uma testemunha do caso que estava sendo debatido, pedindo que a pessoa respondesse a ela. No vídeo com um recorte da audiência (veja no final da matéria), a magistrada Kismara Brustolin interrompe o depoimento e se dirige ao homem que era ouvido: “Eu chamei a sua atenção, o senhor tem que responder assim: ‘O que a senhora deseja, excelência?'”.

A testemunha parece assustada e fica em silêncio por alguns segundos. Na sequência a juíza Kismara insiste que ele deve dizer: “O que a senhora deseja, excelência?”. O homem diz que não está entendendo e ela segue com “repete, repete”, aos gritos. Por fim, ela decide desconsiderar o depoimento da testemunha que havia sido levada pela empresa envolvida no processo.

O advogado da empresa, Pedro Henrique Piccini, foi procurado pela coluna, mas não foi localizado. Durante a audiência, ele tenta explicar a dificuldade da testemunha em se manifestar, porque ela estaria numa feira. A juíza, porém, interrompe o defensor alegando que o homem teria faltado “com respeito”. Por fim, a magistrada completa que a exclusão do depoimento ocorreu porque a testemunha “não cumpriu com a urbanidade e educação”.

Nesta terça-feira (28), diante da repercussão do caso, OAB-SC procurou o presidente do Tribunal Regional do Trabalho em Santa Catarina (TRT-12), José Ernesto Manzi. A pedido da presidente da Ordem no Estado, Cláudia Prudêncio, o desembargador receberá a Comissão de Prerrogativas da entidade durante a tarde para que se discuta a questão.

O que diz o TRT-SC

Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho em Santa Catarina (TRT-12) se manifestou sobre o caso: “O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região tem como missão realizar Justiça no âmbito das relações de trabalho, contribuindo para a paz social e o fortalecimento da cidadania. A situação observada na audiência ocorrida no dia 14 de novembro na Vara do Trabalho de Xanxerê é um fato isolado e será devidamente apurado pelo TRT-SC, por meio da sua Corregedoria”.

O TRT-SC não obteve retorno da juíza sobre o pedido da coluna. A família de Kismara também acompanha a situação junto a ela.


Por Ânderson Silva (anderson.silva@nsc.com.br)
Fonte: nsctotal.com.br

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