O caso aconteceu em novembro de 2019, durante a produção do filme “Juntos e Enrolados”. Após a gravação, começaram a circular áudios e vídeos em que bombeiros reclamam da gravação no lugar e faziam comentários racistas, homofóbicos e gordofóbicos em relação à Cacau e ao elenco.
Na época, o Corpo de Bombeiros afirmou que não compactuava com qualquer ato discriminatório contra a atriz ou qualquer pessoa. O g1 entrou em contato nesta terça-feira (26) com a corporação e aguarda posicionamento.
A atriz e o Governo do Estado do Rio de Janeiro recorreram da primeira decisão judicial do caso, que determinava o pagamento de uma indenização de R$ 30 mil.
A gravação do filme no quartel aconteceu com a autorização da corporação e contou com o acompanhamento de um bombeiro responsável. A atriz contou, na época do ocorrido, que não teve problemas e que foi bem tratada pelos profissionais.
Após o trabalho, Cacau recebeu mensagens dizendo que imagens dos bastidores haviam se espalhado pela internet com os comentários preconceituosos.
O Corpo de Bombeiros afirmou no processo que identificou os dois agentes responsáveis pelas filmagens e que eles foram punidos. Um deles, que gravou e compartilhou as imagens foi detido por 3 dias. O outro, que gravou e compartilhou um áudio com ofensas, foi detido por 10 dias.
A relatora do caso, desembargadora Ana Cristina Nacif Dib Miguel, afirmou que o valor da ação leva em consideração que o Estado é responsável pelas ações de seus funcionários, a gravidade das ofensas e a repercussão do caso.
O g1 entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e a atriz Cacau Protásio, mas nenhum dos dois se manifestou até a última atualização desta reportagem.
Por Cristina Boeckel
Fonte: g1