A declaração viralizou recentemente e foi dada durante uma aula da escola preparatória Alfacon Concursos Públicos, empresa da qual Guedes é fundador.
De acordo com o órgão, a fala será incluída em um inquérito já em andamento contra a instituição, que tem sede em Cascavel (PR).
“O caderno investigatório tem por objetivo apurar as notícias veiculadas na imprensa nacional e em rede social, notadamente sobre as condutas de professores da instituição em cujas falas, feitas durante aulas ministradas pela instituição, há manifesta violação de direitos, preconceito, reiterado discurso de ódio e incitação à prática de crimes”, informou o MP.
A escola preparatória é investigada por outras declarações polêmicas. No ano passado, Guedes havia sido denunciado por falar em uma de suas aulas que “descobriu que gosta de bater nas pessoas”.
Além disso, viralizou o vídeo de um outro professor da mesma instituição, ensinando a alunos técnicas de tortura, como a que provocou a morte de Genivaldo de Jesus Santos, em uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Vilipêndio de cadáver
Um vídeo viralizou nas redes sociais mostra Evandro Guedes ensinando alunos a fazer sexo com mulheres mortas e debocha da pena do crime de violação sexual de cadáveres.
Não há registro da data em que o vídeo foi gravado, mas o discurso gerou críticas. “Quentinha ainda. O que você vai fazer? Vai deixar esfriar? Meu irmão, eu assumo o fumo de responder pelo crime. O difícil é que vai ter que arranjar uns travesseiros”, diz o professor.
Confira:
Para o MP, o exemplo usado em sala de aula representa uma “suposta violação sexual de mulher morta”. O Código Penal prevê pena de 1 a 3 anos de detenção, além de multa.
Entidade pede fechamento de curso para PRF que ensina tortura
Guedes afirmou que a fala se trata de um “exemplo fictício” usado para ilustrar uma situação do direito penal. Entretanto, por meio de nota, o curso AlfaCon afirmou que o vídeo “está em total desacordo com as diretrizes” da empresa e foi retirado da plataforma.
Segundo a escola preparatória, o vídeo foi editado de forma a parecer que o professor em questão era praticante do crime de vilipendiar cadáveres. “A íntegra das imagens deixa claro se tratar de um exemplo fictício e caricato para ilustrar uma situação do direito penal”, segundo a instituição.
Professor nega ter ensinado a vilipendiar cadáveres
Depois da repercussão, o ex-policial militar se posicionou por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Ele negou que tenha defendido a prática do crime.
“Defendendo abuso de mulheres? Primeiro que, se ela está morta, ela não é mulher. É um defunto, não é uma pessoa viva. Ela não tem mais personalidade jurídica, porque ela morreu”, afirmou Guedes.
Por Daniela Santos
Fonte: metropoles.com