Em culto realizado em 2021, na cidade de Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, o pastor diz: “Vocês serão esmagados na ira do senhor um dia”.
“Não por nós, viu, militantes? Vocês serão esmagados na ira do senhor. Não na nossa. Porque a nossa batalha não é contra pessoas. Mas contra artimanhas de Satanás, que vem para afetar vocês”, completou.
O processo aberto pelo Ministério Público, divulgado pelo colunista Rogério Gentile, da Folha de S. Paulo, diz que Ricardo dos Santos impôs “ideia discriminatória às pessoas LGBT ao sugerir que serão severamente castigados por Deus”.
O que diz a defesa do pastor?
A equipe de defesa do pastor aponta que Ricardo “em momento algum incitou ódio ou perseguição a quem quer que seja”. Ainda segundo o colunista, o religioso diz que apenas declarou sua crença e ressaltou que “a Bíblia diz que Deus fez o homem macho e a mulher fêmea”.
“Ele não se referia à comunidade LGBTQIA +, mas aos membros da própria igreja que apoiam a ideologia de gênero”, diz a defesa do pastor.
O desembargador Theodureto Camargo, relator do processo no Tribunal de Justiça de São Paulo, alegou que Ricardo fez um discurso “preconceituoso e odioso” e, mesmo com as menções à Bíblia, anula sua “conduta ilegal”. Ricardo ainda pode recorrer à decisão.
Por Juliana Barbosa
Fonte: metropoles.com