“Seremos o primeiro […], pioneiro e exemplo para o Brasil, a ter 100% das forças de segurança treinadas para essa questão das mulheres”, anunciou.
Assista ao trecho da entrevista:
Celina repudiou a ocorrência na qual o agente policial de custódia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Rodrigo Rodrigues agrediu duas mulheres, inclusive a delegada Karen Langkammer, e atirou no pé da colega.
Para Celina, o caso do servidor — que estava bebendo, armado e alterado — é “o retrato do que não podemos ter em nossa corporação”.
A governadora em exercício afirmou que o decreto do programa, intitulado Ressignificar, também prevê apoio psicológico aos policiais. “É preciso identificar se há pessoas com problemas, gente usando álcool, droga, se precisa de ajuda”, comentou.
Mudanças no atendimento
Outra novidade é a determinação para que o tema dos crimes de gênero seja incluído nas provas dos concursos públicos e nos cursos de formação para ingresso nas forças de segurança da capital federal. Em 2023, o DF registrou ao menos 33 casos de feminicídio, quase o dobro do ano anterior (17).
“O curso de capacitação para as forças de segurança vai apoiar e identificar quem precisa de acompanhamento psicológico, quem não pode estar com arma. Tenho certeza de que isso vai mudar o primeiro atendimento, que é quando a mulher chega à delegacia, se 100% das pessoas passarem pelo curso”, acrescentou a vice-governadora.
Celina afirmou que o curso será obrigatório para todos os servidores da ativa das polícias Civil (PCDF), Militar (PMDF) e Penal do Distrito Federal, além do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF). “Queremos capacitar todo mundo em um ano”, destacou.
O decreto será assinado na próxima terça-feira (9/1), segundo a governadora em exercício. Celina assumiu o cargo desde que o titular do Palácio do Buriti, Ibaneis Rocha (MDB), saiu de férias.
Feminicídios
Questionada sobre as medidas tomadas pelo GDF para impedir novos feminicídios na capital federal, ela lembrou a mudança no protocolo de atendimento das delegacias, que prevê a entrega de dispositivo que funciona como botão do pânico para vítimas de violência doméstica.
A governadora em exercício também mencionou a criação da bolsa para filhos de mulheres assassinadas em função do gênero. “[A violência doméstica] é um crime que envolve toda a sociedade. As vítimas precisam denunciar e precisam ter uma rede de atendimento, que estamos reforçando”, completou.
Por Isadora Teixeira
Fonte: metropoles.com