Duas farmácias foram alvo de busca, uma na Vila São José, em Brazlândia, e outra na Vendinha (GO). Os outros quatro mandados foram cumpridos na casa dos investigados.
As investigações mostraram que os farmacêuticos atendiam os clientes pelo WhatsApp. Os preços do documento falso variavam de acordo com o tempo de afastamento solicitado pelo comprador. O atestado de um dia custava R$ 50; por um comprovante para dois dias, pagava-se R$ 70; enquanto a licença de três dias saía por R$ 90.
Após bate-papo no WhatsApp, os investigados preenchiam o atestado com o dia e horário do suposto atendimento médico e com o registro da Classificação Internacional de Doenças (CID) informados pelo cliente. Quando o comprador tinha dúvidas quanto à enfermidade, os próprios farmacêuticos faziam sugestões.
Segundo as investigações, nos últimos três anos, os investigados produziram e venderam ao menos 273 atestados médicos falsos para moradores de Brazlândia. Para tanto, os suspeitos confeccionavam carimbos idênticos aos de médicos que assinavam receitas verdadeiras recebidas nas farmácias.
Policiais da 18ª DP cumpriram seis mandados de busca e apreensão para desarticular uma quadrilha de farmacêuticos que falsificava e vendia atestados médicos. PCDF/DivulgaçãoDuas farmácias foram alvo de busca, uma na Vila São José, em Brazlândia, e outra na Vendinha (GO) PCDF/DivulgaçãoSegundo as investigações, nos últimos três anos, os investigados produziram e venderam ao menos 273 atestados médicos falsos PCDF/DivulgaçãoAssinatura falsificada
A polícia descobriu a fraude quando um médico, atuante em Brazlândia, recebeu, na Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade, uma prescrição de remédio controlado com carimbo idêntico ao dele e assinatura falsificada.
Um dos farmacêuticos, alvo de busca na manhã desta sexta, já havia sido preso preventivamente pela 18ª Delegacia em julho de 2023. Na casa dele, à época, foram localizados blocos de receituários e atestados em branco.
Também naquela oportunidade, na casa de uma comparsa, a polícia localizou artes de carimbo prontas, com nome e CRM de 11 médicos do Distrito Federal. O mesmo farmacêutico também é suspeito de vender remédio abortivo.
Por Mirelle Pinheiro e Carlos Carone
Fonte: metropoles.com