O grupo de advogados oferecia ajuda para empresas do setor na “estruturação de operações no País, elaboração e negociação de parcerias no âmbito do mercado de cripto ativos, consultoria jurídica e regulatória em questões cambiais relativas ao mercado de criptoativos, tais como operações de arbitragem, entre outras, e a análise jurídica de riscos a investidores mediante elaboração de pareceres”, conforme consta no site oficial do escritório.
Além disso, os advogados do grupo também defendiam causas relacionadas ao Direito de Entretenimento e Jogos, como loterias estaduais, produtos de capitalização na modalidade filantropia e consultoria para implantação de operações relacionadas a jogos que possuem amparo legal, como corrida de cavalo e torneios de pôquer, por exemplo.
Definido como um advogado que apresentava soluções criativas e respostas rápidas, uma pessoa proativa e inteligente, Marinho, de 42 anos, foi morto a poucos metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB/RJ), da Defensoria Pública e do Ministério Público estadual. O escritório onde o profissional trabalhava também era na região.
Formado em 2005 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Marinho tinha também pós-graduação, concluída em 2008, em Direito Civil Empresarial (contratos), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O advogado, que já trabalhou como auditor no Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Estado do Rio de Janeiro, tem passagens por diversos escritórios e, desde 2015, era sócio do Marinho & Lima Advogados.
Marinho também era membro da Comissão de Processo Civil do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) desde 2011. O Instituto divulgou uma nota de pesar sobre a morte do advogado. “O presidente nacional do IAB, Sydney Limeira Sanches, lamentou a morte violenta do advogado, solidarizou-se com a família e pediu às autoridades a rápida apuração do crime”, disse o comunicado.
Em nota, a OAB lamentou a morte e afirmou que o presidente do órgão, Luciano Bandeira, acompanha o desenvolvimento do caso e está em contato com o secretário de Segurança Pública do estado.
Já a vice-presidente da OAB, Ana Tereza Basílio, se disse indignada com o caso. “O crime não tem mais limite. Cada vez nós vivemos numa insegurança maior. Estamos aqui, no centro da cidade, em horário comercial, assistindo a uma barbárie contra o jovem rapaz. Estamos todos indignados. Não é possível que a gente não possa, no Rio de Janeiro, ter tranquilidade, em qualquer lugar estamos vendo uma crescente do crime e cada vez o crime tem menos pudor e age com mais tranquilidade. É como se fosse a banalização da vida, disse Basílio.
Por Isabelle Saleme
Fonte: cnnbrasil.com.br