Advogada que denunciou estvpr0 por colega de profissão renuncia como conselheira da OAB-SE: ‘Profundamente indignada’

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Via @portalg1 | A advogada Bruna Hollanda, que denunciou ter sido estuprada por um outro colega advogado após um bloco pré-carnavalesco, em janeiro, na Zona Sul de Aracaju, renunciou ao cargo de conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE). Na noite dessa segunda-feira (18), ela se pronunciou publicamente pela primeira vez, através de uma transmissão ao vivo em uma rede social. Veja o vídeo no final da matéria.

De acordo com a advogada, o motivo da renúncia foi a falta de acolhimento pela OAB, que chegou a realizar uma coletiva à imprensa no fim de fevereiro, quando o caso veio à tona. A Ordem também afastou o suspeito do cargo de conselheiro.

"Finalizo minha participação profundamente decepcionada e indignada com a postura desrespeitosa, falaciosa, machista e perigosamente astuta. (...) Sou mulher, sou advogada, sou mãe, fui violentada covardemente, sou vítima de estupro, fui dilacerada no corpo, na alma e socialmente (...) Continuei calada e firme aguardando o acolhimento institucional que não tive até hoje".

O g1 procurou a OAB-SE, que não havia se posicionado até a última atualização desta reportagem.

A defesa do advogado suspeito informou que ele já prestou depoimento à polícia e que foram verificadas, por parte da defesa, contradições no depoimento da vítima, mas que só se pronunciará sobre o caso ao final do inquérito. O advogado ainda disse que procurou a Corregedoria do Tribunal de Justiça e da Polícia Civil para denunciar vazamentos de documentos, a exemplo do Boletim de Ocorrência.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o inquérito do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) está em fase final de conclusão.

Relembre

Segundo a vítima, ela e o suspeito se conhecem há cerca de sete anos e ambos eram conselheiros da OAB-Sergipe.

No boletim de ocorrência, obtido pelo g1, ela relata que, no dia 27 de janeiro, pediu ao suspeito para acompanhá-la do bloquinho, na Avenida Beira Mar, no Bairro Treze de Julho, até o prédio da sede da OAB, na Avenida Ivo do Prado, Zona Sul da capital, onde pegaria um carro de aplicativo, mas ele a teria oferecido uma carona. No caminho, disse que precisaria passar em casa antes de levar a vítima até seu destino. No apartamento, teria dado tapa no rosto e empurrado a vítima, e cometido o estupro em seguida.

Após alguns dias, ela procurou uma ginecologista, que constatou várias lesões na genitália, além de herpes. Ela registrou o caso no dia 1º de fevereiro no DAGV.

À época, a OAB disse que afastou o suspeito do conselho, abriu um processo ético-disciplinar e acolhei a vítima. Durante a coletiva, a OAB ainda informou que, caso seja comprovado o estupro, ele pode perder o direito de exercer a advocacia.

Por g1 SE
Fonte: g1

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