A falsa médica teve a prisão preventiva decretada pela Justiça paulista nessa terça-feira (5/3). Ela havia sido contratada por uma empresa terceirizada de Piracicaba, também no interior, para prestar serviços de clínico geral plantonista no posto de atendimento.
De acordo com o boletim de ocorrência, funcionários da UBS desconfiaram dos procedimentos realizados por Mirian durante os atendimentos. Após a suspeita de que “se tratava de um golpe”, a equipe pesquisou pelo número de registro apresentado pela mulher e constatou que era de um médico.
A Polícia Civil foi acionada. Segundo o delegado Nilton Aparecido, responsável pelo caso, Mirian negou de imediato as acusações. Diante disso, os policiais fizeram contato com a universidade que a mulher alegava ter feito a graduação em Medicina, supostamente concluída em 2022. A faculdade informou que o curso foi inaugurado justamente neste ano, não havendo possibilidade dela ter estudado no período.
“Diante das evidências, ela não conseguiu sustentar as versões apresentadas e confessou o crime”, afirmou o delegado ao Metrópoles. A falsa médica revelou aos policiais que comprou o registro na internet, segundo Nilton Aparecido.
Mirian foi encaminhada à Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, onde permanece presa. O caso foi registrado como exercício ilegal da medicina, uso de documento falso e falsa identidade na Delegacia de Coroados.
O que diz a prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Coroados afirmou que “a suposta profissional foi designada pela empresa contratada para prestação de serviços médicos de clínico geral plantonista da UBSF, cuja incompatibilidade da atuação foi constatada pelo corpo técnico”.
A administração municipal informou que convocou os pacientes atendidos pela falsa médica para novos atendimentos, desta vez por profissionais habilitados e com registros regulares, “o que está ocorrendo normalmente”, segundo a prefeitura.
O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa de Mirian Stefani, nem da empresa terceirizada que a contratou. O espaço segue aberto para manifestações.
Por Leonardo Amaro
Fonte: metropoles.com