A investigação da PF, com troca de informações com o Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária, da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária, apontou um prejuízo, por ano, superior a R$ 3 milhões, e um prejuízo total, até o momento, de mais de R$ 15 milhões.
O núcleo ainda calculou, com base na expectativa de vida dos segurados, que tais práticas causariam um prejuízo futuro superior a R$ 56 milhões.
Segundo a PF, as principais irregularidades constatadas são:
• a concessão de benefícios sem agendamento ou sem registro no sistema gerenciador de tarefas do INSS (GET)
• inclusão ou transferências de tarefas de forma indevida no sistema
• concessão de benefícios previdenciários anteriormente negados
• concessão de benefícios sem requerimento ou agendamento pelos canais de atendimento ou com violação das normas da Previdência Social
• antecipação de atendimentos ou concessão de pedidos sem a presença do segurado
• inserção de informações falsas nos sistemas informatizados do INSS
• homologação de informações extemporâneas no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)
As condutas dos investigados podem configurar o cometimento, em tese, dos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, inserção de dados falsos no sistema informativo do INSS, entre outros, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.
Get Fraud
O nome da operação remete ao sistema informatizado do INSS, em que foram praticadas diversas irregularidades (GET).
As investigações continuam, com análise do material apreendido, com o objetivo de delimitação da atuação dos demais integrantes da quadrilha.
Por Mirelle Pinheiro e Carlos Carone
Fonte: metropoles.com