Cumprindo pena no regime semiaberto no Presídio Regional de Santa Maria, Boldrini se inscreveu para a residência em cirurgia do trauma. Apesar da condenação, não há nenhuma restrição legal que impeça Boldrini de exercer a medicina.
De acordo com Ezequiel Vetoretti, advogado do médico, “o fato diz respeito a assunto pessoal” do cliente. O Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) não se manifestou sobre o caso.
Até o momento, não há a confirmação de que Boldrini tenha se inscrito na residência. As atividades do programa começam nesta sexta-feira (15/3).
Em janeiro, Boldrini havia tentado ingressar na residência médica em coloproctologia, também pela UFSM. O médico ficou em quarto lugar — havia somente uma vaga em disputa.
Relembro o caso
Leandro Boldrini foi condenado a 31 anos e 8 meses de prisão pela morte do filho. O crime ocorreu em abril de 2014 em Três Passos, no Noroeste do Estado.
O menino Bernardo Boldrini, à época com 11 anos, foi dado como desaparecido em abril de 2014. O corpo do menino foi achado em Frederico Westphalen, no Norte do Estado, a 80 km de Três Passos.
Na mesma noite em que o corpo foi encontrado, a polícia prendeu o pai, a madrasta e uma amiga do casal. Órfão de mãe, o garoto se queixava de abandono familiar.
O MP denunciou os investigados por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima), além de ocultação de cadáver.
Por Laura Braga
Fonte: metropoles.com