A história do ex-casal, que ainda tramita na Justiça, foi divulgada pela coluna True Crime, do jornal O Globo.
Os dois entraram na faculdade de direito, uma das mais antigas e importantes do Brasil, na região central de São Paulo, em 2020. O namoro começou no ano seguinte e durou nove meses.
Segundo apurado pela coluna True Crime, o rapaz decidiu pelo rompimento após desentendimentos com a família da jovem. Isso aconteceu no final do ano e eles não se viram durante as férias escolares.
Já em 2022, na volta às aulas, o rapaz alega ter sido procurado pela ex para que eles retomassem o relacionamento. Após uma longa “DR” (discussão de relacionamento), ele disse que contou a ela que, no período em que não estavam juntos, “ficou” com outra garota, mas sem seriedade.
A jovem, então, ficou irritada, mas algum tempo depois, o casal teria finalmente reatado. A paz, segundo o estudante, durou uma semana.
Segundo o ex-namorado, a estudante terminou o relacionamento uma semana depois. A partir daí, teria passado a persegui-lo e a inventar “mentiras” sobre ele. Teria dito, por exemplo, que ele “apertou seu braço” durante uma aula, de forma a deixar hematomas.
Ouvidoria e boletim de ocorrência
Preocupado com sua “reputação”, o rapaz registrou uma reclamação na ouvidoria da faculdade. Ao ser procurada pelo órgão, a estudante teria confirmado o fim do namoro, mas negou a acusação de difamação. Nenhuma providência foi tomada.
Segundo o ex-namorado, a fama de “agressor” se espalhou pelos corredores da São Francisco e ele decidiu registrar um boletim de ocorrência em julho de 2022.
“Tive notícias, por meio de terceiros, que minha ex-namorada e colega de turma da Faculdade de Direito da USP, estava divulgando para os alunos da faculdade que eu a estaria continuamente perseguindo dentro e fora da faculdade, bem como divulgou, posteriormente, que eu a tenha agredido em meio à aula (…) Tais informações foram divulgadas com indiscutível intuito difamatório e calunioso, causando-me danos morais e psicológicos até hoje, sobretudo na faculdade e em meu estágio”, relatou.
Na sequência, o estudante levou o caso ao Juizado Especial Criminal Central. Ao processo, foram anexadas prints de conversas por aplicativo de mensagens. Os diálogos mostram, sobretudo, o ex-namorado insistindo em voltar, mas a jovem, se sentindo “traída”, resiste às investidas.
O juiz do caso, contudo, considerou que a vara especial não era a mais apropriada para julgar esse tipo de ação e a transferiu para uma vara criminal comum, onde o volume de processos é muito maior.
O caso ainda não foi julgado. Segundo o estudante de direito, caso vença a ação penal, pretende pedir uma indenização na esfera cível para compensar as “dores morais causadas à sua reputação”.
Da Redação
Fonte: metropoles.com