O juiz da 12ª Vara da Família, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), explicou que o antigo testamento deixou de valer quando o filho de Gal, Gabriel Costa, de 18 anos, passou a fazer parte da família. Desta forma, o pedido de Verônica e Priscila foi negado em razão da adoção do jovem, realizada em 2007.
“Verifica-se que, à época da lavratura do testamento, a autora da herança declarou expressamente não ter herdeiros, ou seja, dispunha de total liberdade para dispor de seus bens. Sobrevindo o herdeiro, é inevitável a consequência de ruptura ao testamento lavrado anteriormente”, escreveu o magistrado.
Gal escreveu o testamento de 1997 com o intuito de criar a Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura, cuja gestão ficaria sob responsabilidade das primas. O documento apresentado no processo feito por Verônica e Priscila mostra que Wilma chegou a assinar o papel na época.
“Coação moral”
Segundo informações do processo, Verônica e Priscila alegam que o testamento de 2019 foi feito “em um contexto de fortes elementos e indícios de que Gal Costa sofreu coação moral irresistível contra si, contra sua família e contra seu patrimônio, configurando assim coação”.
“A conduta de Wilma sempre foi de manipulação perante Gal, seja em relação a sua carreira, seu patrimônio, sua família, funcionários e amigos além de todos que com ela se relacionavam. Durante a relação pessoal e empresarial que Wilma manteve com Gal, esta vivia visivelmente infeliz e adoecida”.
Anteriormente, Gabriel Costa relatou ter sido coagido por Wilma a assinar uma carta determinante para que o Judiciário reconhecesse a união estável entre Gal e a suposta viúva. As primas, por sua vez, apontam que a mulher queria isolar Gal Costa dos amigos e familiares.
Por Gabriela Francisco
Fonte: metropoles.com