A investigação do 30º DP (Tatuapé) concluiu que Fernando assumiu o risco de matar (homicídio com dolo eventual), feriu gravemente o estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha (lesão corporal), e foi embora sem fazer o teste do bafômetro (fuga do local).
A delegacia que investiga o caso também solicitou a prisão preventiva de Fernando. Dois pedidos de prisão anteriormente requisitados pela autoridade policial já foram negados pela Justiça paulista.
A CNN entrou em contato com a defesa do empresário e aguarda retorno.
Na madrugada do dia 31 de março, o carro de luxo dirigido pelo empresário, que estava a mais de 150 km/h, atingiu a traseira do Renault Sandero que era guiado pelo motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, que morreu com o impacto. Um amigo de Fernando, que estava no banco carona do Porsche, também ficou ferido no acidente.
Na manhã desta quinta-feira (25), a Polícia Técnico-Científica realizou uma reconstituição do acidente. A realização da reconstituição foi solicitada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Relembre o caso
Por volta das 2h30 do dia 31 de março, o Porsche dirigido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24 anos, atingiu a traseira do Renault Sandero que era guiado pelo motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52 anos.
Viana chegou a ser socorrido e levado pelo Corpo de Bombeiros ao hospital municipal do Tatuapé, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O condutor do Porsche deixou o local do acidente na companhia da mãe, que disse aos policiais que levaria o filho a um hospital por causa de um suposto ferimento que ele havia tido na região da boca.
Porém, mais tarde os policiais foram ao hospital indicado pela mãe dele, mas não encontraram nenhum registro da entrada dele na unidade. Fernando só se apresentou à polícia na tarde do dia 1º.
O acidente ocorreu na avenida Salim Farah Maluf, na zona leste, cujo limite de velocidade é 50 km/h. Imagens captadas por câmeras de vigilância mostram o carro importado trafegando em alta velocidade até bater no Sandero.
Por Matheus Meirelles
Fonte: CNN