(sen. Eduardo Gomes) "É uma matéria que está viva, porque ela vai para a Câmara dos Deputados e vai retornar. Eu acredito que a gente pode amadurecer esse debate. É um projeto importante, porque ele estabelece um ambiente de arrecadação, investimento, melhoria do setor, que até hoje, neste momento, neste minuto, é de zero. Zero centavo."
O líder do governo senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, recomendou a aprovação do projeto como estava e defendeu que ele poderá ser aprimorado na Câmara dos Deputados, para onde segue, antes de retornar ao Senado para decisão final. Já o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, fez diversas críticas em relação ao texto aprovado. Ele é é autor de um projeto que tramitava em conjunto, mas foi considerado prejudicado. E disse esperar que as questões sejam sanadas na Casa Revisora.
(sen. Humberto Costa) "Eu não posso concordar com a ideia de que uma simples parceria entre uma plataforma dessas de vídeo sob demanda com uma empresa brasileira possa ser considerada como produção brasileira. Não! É necessário que a produção brasileira independente tenha um tratamento diferenciado nesse processo de regulação, como acontece em outros países do mundo. Nós não podemos criar brechas para que o dinheiro público venha subsidiar plataformas que já são bilionárias em vários países e que tem, inclusive no Brasil, um dos seus mercados mais importantes."
Em uma carta enviada aos senadores, entidades do setor audiovisual também questionam pontos do relatório e cobram, por exemplo, que o conteúdo brasileiro tenha uma cota de catálogo consistente, já que é comum que as plataformas retirem a disponibilidade de seus títulos de tempos em tempos.
Como a decisão da Comissão de Assuntos Econômicos foi terminativa, o projeto pode seguir direto para a Câmara dos Deputados, a não ser que haja recurso para a votação no Plenário do Senado. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.
Por Marcella Cunha
Fonte: senado.leg.br