À época, a Previdência disse ao Mais Goiás que o laudo médico pericial apresentado na reportagem era falso. “Em consulta à base de dados do INSS verifica-se que o documento exibido na matéria não existe”, afirmou o Ministério, naquele momento. “Informamos ainda que no último laudo médico pericial, emitido em abril deste ano, a perícia médica reconheceu a incapacidade laboral do segurado. No entanto, em análise administrativa feita pelo INSS, o (…) não tinha direito ao benefício por não ter a qualidade de segurado”, justificou.
Conforme a reportagem, o homem teria pedido o auxílio-doença em 2022. Na ocasião, ele relatou agravamento de dependência química, além de ansiedade e insônia. Naquele momento, o médico escreveu “bla, bla, bla”… Em 2023, ele fez um novo pedido e recebeu outra negativa com as mesmas considerações.
Em ambos os casos, o resultado da perícia foi por inexistência de incapacidade laborativa, conforme a reportagem. Dois médicos diferentes em agências do INSS de Goiânia teriam feito os laudos. Foi revelado que o segurado só conseguiu acesso aos documentos depois que a advogada dele fez a solicitação.
Na nova nota, a Previdência disse que “a Dataprev informou que não houve envolvimento dos peritos médicos, mas erro no sistema de reconhecimento de direitos. Apesar de ter sido identificado e corrigido tempestivamente, erros e inconsistências em alguns PDFs de laudos médicos consideraram conteúdos de teste (com textos utilizados para teste no formato blá-blá-blá), em vez de dados oficiais”.
Confira nota na íntegra:
“Neste mês de maio, a Dataprev, em parceria com o Ministério da Previdência Social (MPS) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), está realizando a validação do sistema de reconhecimento de direitos para benefícios por incapacidade, em uma agência piloto, processo que implica uma maior frequência de atualizações de informações.
Com relação ao erro no laudo médico pericial emitido pelo Meu INSS, e noticiado no dia 14 de maio por veículos de imprensa, a Dataprev informa que este foi causado a partir de uma falha técnica, durante o processo de atualização do sistema.
Apesar deste ter sido identificado e corrigido tempestivamente, erros e inconsistências em alguns PDFs de laudos médicos consideraram conteúdos de teste (com textos utilizados para teste no formato blá-blá-blá), em vez de dados oficiais.
Diferentemente do que foi noticiado na mídia, não houve envolvimento dos peritos médicos, mas erro técnico da Dataprev.
A empresa afirma que a geração dos arquivos PDFs está normalizada e ressalta que as informações preenchidas pelos peritos estão corretas nas bases de dados do sistema.
A equipe técnica da empresa continua acompanhando o processo de modernização e monitorando qualquer ocorrência fora do padrão.
A Dataprev lamenta transtornos causados a funcionários, peritos e segurados afetados.”
Fonte: maisgoias.com.br