Os pais contam que perceberam o menino mole no dia 16 de junho, sem conseguir andar normalmente ou segurar a mamadeira, por exemplo.
Para a mãe Laís Torres, o menino estava com um cansaço incomum e sem a coordenação motora que costuma ter. Ela ressalta que o menino anda e brinca normalmente, e tem apenas atraso na fala.
Preocupados, os pais levaram a criança para a emergência do Hospital Municipal Rocha Faria. No caminho, ele chegou a ficar desacordado.
“O médico disse que ia ministrar um remédio e ver se ia dar resultado, se não desse ele seria entubado. Foram os piores 20 minutos da minha vida”, relembra a mãe.
A criança passou por uma lavagem estomacal e recebeu medicação. Segundo a família, o médico teria sugerido que eles procurassem a polícia porque os exames indicavam que ele teria sido dopado. No boletim médico, a situação foi classificada como intoxicação aguda.
A família registrou a ocorrência na delegacia de Campo Grande. Segundo eles, a Polícia Civil não pediu nenhum exame. Por isso, eles fizeram em uma clínica particular, que encontrou 0,18 miligramas de Zolpidem no organismo do menino.
Nesta segunda, os pais foram na 10ª Coordenadoria Regional de Educação para tentar uma recolocação do menino em outra unidade.
"Como pode escola que deveria colher e cuidar dele fazer uma coisa dessas?”, questionam os pais.
"O autismo não é para os pobres no Brasil, tudo é com muita briga", desabafa o pai Luiz Felipe.
Procurada, a Secretaria Municipal de Educação disse que instaurou uma sindicância e que está colaborando com a investigação. Segundo a nota, assim que a SME teve conhecido da situação procurou a família e atendeu ao pedido de transferência do aluno.
A pasta não disse quais serão as providências acerca da equipe.
Por Larissa Schmidt, Lucas Soares, RJ2
Fonte: g1