A Polícia Civil informou que a suspeita, de aproximadamente 40 anos e mãe de outros dois filhos, teria asfixiado a filha com fita adesiva colada entre a boca e o nariz.
De acordo com o delegado Arthur Reguse, da Delegacia de Homicídios de Canoas, a mulher deu à luz na noite de domingo (23), amamentou a criança e, em seguida, cometeu o crime. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa na manhã de terça-feira (25).
Na segunda-feira de manhã, a mulher foi ao trabalho levando o corpo do bebê em uma sacola. Câmeras de segurança registraram o momento em que ela chega ao prédio com a sacola no ombro, entra no banheiro e sai vestindo outra roupa. A suspeita abandonou o corpo na lixeira do banheiro antes de se deslocar para a cafeteria onde trabalhava.
Seguranças do local encontraram o corpo por volta de 13h e acionaram a Brigada Militar. Inicialmente, acreditava-se tratar de um feto, mas a perícia confirmou que era um bebê completamente formado que chegou a respirar. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) constatou que não se tratava de um aborto.
Após identificar que a mulher trabalhava no prédio e estava grávida, mas apareceu no trabalho sem a barriga, a Polícia Militar a localizou e prendeu em flagrante. Na residência da suspeita, foram encontrados lençóis ensanguentados e sinais de sangue pelo chão, detectados com luminol.
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva da mulher, que confessou informalmente o crime, alegando não querer a criança e não ter condições de criá-la. Testemunhas relataram que ela tentava esconder a gravidez com ataduras. O pai da criança não foi localizado.
O delegado Mário Souza, do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), destacou que o cenário dos fatos afasta a tese de abalo emocional devido ao estado puerperal, reforçando a decisão de prisão preventiva.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que gestantes ou mães que desejem entregar seus filhos para adoção devem ser encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude. Desde 2017, o Projeto Entrega Responsável, da Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (CIJRS), auxilia mulheres nessa situação.
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Fonte: jornalrazao.com