A informação foi confirmada pela coluna Fábia Oliveira com a assessoria de Ana, que enviou um comunicado oficial sobre o assunto. A decisão foi deferida depois de uma perícia policial ser solicitada no documento, que concluiu que as grafias não eram da modelo.
“No início do mês, o Instituto de Criminalística de São Paulo concluiu, nos autos do Inquérito Policial em trâmite pelo DEIC, que as assinaturas em diversos contratos e documentos não provieram do punho da empresária”, dizia um trecho da nota.
A assessoria jurídica de Hickmann completou: “Por conta disso, a juíza afirma ‘grave risco na continuidade da execução’ e suspende a cobrança até o final da apuração do processo”.
O caso veio à tona no fim do ano passado, depois de Ana Hickmann acusar o ex-marido de violência patrimonial, pelo Notícias da TV. A Valecred realizou um empréstimo de R$ 1,543 milhão, em 2022, para as empresas da artista. Na ocasião, a empresa pediu em juízo o bloqueio de bens da famosa, incluindo a mansão em que ela mora, em Itu, interior de São Paulo, além do salário que recebe da Record TV e de publicidades, porém, sem sucesso.
Na decisão, que ainda cabia recurso, divulgada em primeira mão pelo colunista Daniel Castro, a juíza Ana Laura Correa Rodrigues, da 3ª Vara Cível de São Paulo, garantiu que não haver “indícios de insolvência dos executados [Ana e Correa] ou manobras para ocultação de patrimônio”.
A Valecred deu prosseguimento ao processo, solicitando um arresto, que é uma medida judicial que tem por objetivo a apreensão de bens e valores, citando 17 ações contra os empreendimentos de Hickmann e Alexandre, que tramitam no Tribunal de Justiça de São Paulo, totalizando mais de R$ 11,323 milhões em dívidas.
“Tal situação – dívida crescente, baixa probabilidade de pagamento, emissão de duplicatas frias [em outros processos], inadimplementos – torna imprescindível que se processe de imediato o arresto de bens dos executados, para que haja ao menos uma garantia de que o débito aqui discutido será adimplido”, justificaram os advogados da Valecred na época.
Leia a nota completa da assessoria de Ana Hickmann:
“O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o processo de cobrança da Valecred contra Ana Hickmann, no valor de R$1.761.709,03. No início do mês, o Instituto de Criminalística de São Paulo concluiu, nos autos do Inquérito Policial em trâmite pelo DEIC, que as assinaturas em diversos contratos e documentos não provieram do punho da empresária. Por conta disso, a juíza afirma “grave risco na continuidade da execução” e suspende a cobrança até o final da apuração do processo“.
Perícia revela responsável por falsificar assinaturas
Ana Hickmann descobriu quem teria falsificado pelo menos 48 assinaturas suas em documentos oficiais de acordos com bancos, cheques e outras coisas.
De acordo com o Instituto Del Picchia, que se responsabilizou pela análise contratada pela apresentadora, a responsável pelas falsificações foi Cláudia Helena dos Santos, ex-agente de Ana Hickmann e braço direito de Alexandre Correa, ex-marido da artista. As informações são do Portal Leo Dias.
Segundo o site, o laudo indicou que a mulher não só se fez passar por Hickmann, como, conforme foi assinando mais documentos em seu nome, adicionou elementos da própria assinatura no registro falso de Ana. A perícia ainda afirmou que os documentos analisados “contam com a assinatura de Alexandre Bello Correa, o que demonstra ciência da ação”.
“Após um estudo minucioso em contratos firmados com os bancos Daycoval, Safra e Itaú; cheques; entre outros documentos; o Instituto Del Picchia identificou que todas as assinaturas são da mesma pessoa. (…) Claudia Helena dos Santos realizava as imitações de forma tão costumaz e despreocupada, que praticamente ‘criou’ uma assinatura para ser atribuída a Ana Lúcia Hickmann. Ela colocou nas suas ‘obras’ elementos não somente de sua grafia, mas até de sua própria assinatura”, divulgou o portal.
A descrição da conclusão do laudo ainda informou que mesmo uma pessoa leiga conseguiria notar a diferença das assinaturas. “As falsificações (…) podem ser percebidas de imediato por qualquer perito ou até um leigo de percepção mais acuradas”.
O resultado obtido pelo instituto foi entregue ao DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), que instaurou um inquérito policial para investigar o caso.
Por Fábia Oliveira
Fonte: metropoles.com