Em depoimento à Polícia Civil, a mulher afirmou que ela e a filha, de 13 anos, foram agredidas por Rafael, física e verbalmente, nos últimos três dias, mesmo período em que ele teria permanecido embriagado e mantido ambas em cárcere privado.
Na manhã desta terça, a mulher afirmou que foi encurralada em um quarto, onde foi enforcada por Rafael, com um fio elétrico. Ela fingiu desmaiar e o homem saiu do local.
“Com o uso do mesmo cabo elétrico, conseguiu enrolar no pescoço de seu agressor, com o objetivo de contê-lo até a chegada da polícia, que já havia sido acionada por sua filha [a pedido da mãe].”
Quando a polícia chegou, o homem havia morrido.
Legítima defesa
A cabeleireira afirmou ter agido em legítima defesa “não tendo intenção de matá-lo”. A delegada Camila de Camargo Ferraz afirmou que isso ficou “evidente”, com base no relato e em registros policiais anteriores, feitos contra Rafael.
A cabeleireira não foi indiciada, constando somente como investigada pelo caso, registrado como homicídio, com o excludente de ilicitude previsto pela legítima defesa.
“Extremamente violento”
Rafael já havia sido preso por violência doméstica, em 2021, quando agrediu a cabeleireira em frente a policiais militares que foram acionados por causa do comportamento “extremamente violento” dele, como consta em registros policiais.
Além de bater na companheira, na ocasião ele também resistiu à abordagem policial, desacatou os PMs e foi preso em flagrante.
Por Alfredo Henrique
Fonte: metropoles.com