Vídeos registrados por testemunhas mostram um homem, de camiseta preta e calça jeans, segurado no chão pelos policiais, enquanto diz que não consegue respirar. Em outro momento do vídeo, é possível ver o procurador, de camiseta preta e bermuda branca, conversando com os policiais, quando é empurrado por um deles.
Segundo a Defensoria Pública do estado, o defensor e o procurador estavam no bar com amigos, quando um homem entrou no local pedindo por socorro. Em seguida, três policiais militares também entram no estabelecimento e imobilizaram o homem. No boletim de ocorrência, os militares afirmaram que foram acionados, pois o suspeito estava "causando tulmuto pelo local e assediando mulheres".
Ao ver a abordagem, o defensor resolveu gravar a ação com o próprio celular, pois entendeu como uma ação violenta por parte dos policiais. Nos vídeos, também é possível ouvir alguns clientes, que estavam no local, questionando a equipe pela forma com que a abordagem estava sendo conduzida.
O defensor então, se apresentou como servidor do estado e tentou controlar a situação, mas teve o celular apreendido pela equipe de PMs. Em outro trecho do vídeo, o defensor aparece do lado de fora do bar sendo algemado e colocado no camburão. O procurador também foi preso.
Os dois foram liberados na Central de Flagrantes pelo delegado de plantão, que não encontrou provas de crime praticado por eles". Já o homem abordado foi encaminhado ao hospital com escoriações no rosto e o ombro deslocado.
A Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) informou que tem conhecimento do caso e disse, por meio de nota, que não vai tolerar qualquer tipo de abuso contra defensores e que seguirá atuando para coibir situações de violência ou abuso de poder.
A Corregedoria-Geral da Polícia Militar também investiga o caso. O comandante-geral da PM, coronel Alexandre Mendes, disse que a sindicância foi instaurada para a investigação e que irá responsabilizar os envolvidos na ocorrência, se necessário.
“Importa, sobretudo, esclarecer os fatos em proveito à nossa tropa que trabalha sem olhar cargos ou sobrenomes, sempre tecnicamente”, diz trecho da nota.
Por Lidiane Moraes, TV Centro América
Fonte: g1