O caso aconteceu em um bar em Vicente Pires, e câmeras de segurança flagraram o momento. Rodrigo agredia a mulher que sentava ao lado dele e, ao ser repreendido pela delegada, sacou a arma dentro do bar e ameaçou clientes.
O agente chegou a ser detido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na data, mas no mesmo dia passou por audiência de custódia e foi liberado.
Agora, Rodrigo responderá pelos crimes de injúria, ameaça, lesão corporal grave e disparo arma de fogo em lugar habitado. A denúncia do MPDFT foi recebida pela Justiça em 20 de junho.
Câmeras registraram a briga
No vídeo registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento é possível ver o momento em que o agente da PCDF agrediu as duas mulheres. Rodrigo estava sentado ao lado de uma mulher e um colega.
Primeiro, ele puxa o cabelo da companheira, e os dois passam a se agredir. Logo em seguida, a vítima muda de lugar. Momentos depois, a delegada aparece acompanhada de um homem e passa a repreender o agressor.
Os envolvidos iniciam uma briga, e, em dado momento, o agente chega a sacar a arma dentro do bar e ameaça os clientes. Confira:
A Polícia Militar do DF (PMDF) foi acionada. Os PMs viram que o suspeito estava atrás de um carro e tentaram negociar a rendição.
O homem colocou as mãos para cima e foi desarmado pelos policiais. Ele usava uma pistola Glock 9 mm e portava oito munições e um carregador.
Passagem por violência doméstica
Conforme apurado pela coluna Na Mira, Rodrigo já tinha passagem por crimes de violência contra a mulher.
Em 2018, a então companheira dele, uma sargento do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), denunciou o marido com base na Lei Maria da Penha. Segundo a vítima, o policial é muito possessivo, ciumento e tem problemas com álcool. O casal tem duas filhas.
No dia da agressão, a militar relatou que Rodrigo Dias ficou nervoso porque ela não o acompanhou a uma festa de família. Segundo a vítima, ele chegou em casa bêbado e muito agressivo. Começou a xingar, agarrou-a pelos braços e deu uma chave de punho.
O homem também tentou enforcar a companheira, mas foi impedido por uma das filhas do casal. A mulher chamou a polícia, pediu medidas protetivas de urgência e foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML). Ainda de acordo com a sargento, ela era ameaçada constantemente pelo marido.
A reportagem não localizou o policial civil nem a defesa dele. O espaço segue aberto.
Por Rebeca Kemilly
Fonte: metropoles.com