De acordo com a denúncia, o homem teria feito uma proposta para ter relações sexuais com o estudante, que tem 17 anos. O conselheiro, que não teve o nome divulgado, trabalhava como coordenador pedagógico na escola onde o adolescente estuda.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), depois que passou a ser investigado, ele foi afastado do cargo de coordenador. Porém, ainda segue exercendo o cargo de conselheiro tutelar no município.
Prints mostram a conversa entre o conselheiro e o adolescente — Foto: Arquivo pessoal |
Nas mensagens, trocadas pelo Instagram, o conselheiro tutelar convida o jovem para a sua casa para beber, usa um emoji e acrescenta um "você sabe", ele pede ainda para o adolescente convidar um amigo. O estudante diz que não curte e nega o convite.
Mesmo com as negativas do estudante, o conselheiro insiste e diz que paga bem, ele chega a oferecer R$ 100, e depois sobe o valor para R$ 150.
"Ele me encarava, começava a olhar para mim e começava a conversar comigo: 'Oi, meu jovem'. E começava com aqueles papinhos. Assim que eu larguei, cheguei em casa e fui mexer no celular e tinha uma solicitação para segui-lo de de volta. Aí eu 'dei a ideia' e era ele. Quando eu penso que não, ele começou a dar em cima de mim", disse o adolescente, que teve a identidade preservada.
O caso foi denunciado à polícia, ao Conselho Tutelar do Município e à direção da escola. A família diz que o conselheiro, que exerce o cargo há 20 anos, passou a fazer ameaças após as denúncias.
"Ele é influente na cidade, tem familiar com cargo de confiança na prefeitura, postou foto com a promotora da Ministério Público elogiando ele um dia após a denúncia ter sido feita. Não é à toa que ele está no cargo há 20 anos", disse o tio do adolescente, que preferiu não se identificar.
O g1 entrou contato com o Conselho Tutelar de Murici, mas as ligações não foram atendidas.
A reportagem também procurou o Ministério Público de Alagoas para saber se a promotora que aparece na postagem com o conselheiro será a mesma que ficará com o caso, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Fonte: g1