No documento ao qual tivemos acesso, o músico afirma que os ex-empregados nunca foram autorizados a fazer uso da piscina do imóvel. Questionando a narrativa do casal, o artista chegou a duvidar que o afogamento realmente tivesse ocorrido dentro de sua propriedade. Ele afirmou ser “natural” que os autores estejam buscando culpar alguém pela morte do filho.
Amado explicou que a distância da residência do casal na fazenda até a piscina era de 60 metros. Além disso, ressaltou que o menor era cuidado não somente pelos pais, como também por sua irmã. Embora o cantor não diga em sua defesa, esta coluna apurou que a jovem que ele cita também era uma criança na época do ocorrido.
Amado Batista ainda acusou a mãe da criança de ter sido omissa no cuidado com o filho. Aqui, é importante lembrar que a genitora de Isaac narrou ter sentido falta do menor após retornar do banheiro.
O cantor negou ter sido comunicado sobre o pedido de isolamento da área da piscina mencionado pelos autores da ação. Em outro momento, Amado Batista voltou a afirmar que a morte do menino foi resultado da negligência de seus genitores, e não dele próprio. Ficou claro, na defesa, que o músico afirma ter havido culpa total dos pais. Mas a defesa não acaba aí, caro leitor.
O músico também alega que a quantia de indenização solicitada pelos autores é “esdrúxula, incabível e imoral”. Segundo ele, a indenização não poderia ultrapassar a casa dos R$ 10 mil. No total, a ação chegou a R$ 950 mil.
O triste caso se tornou uma verdadeira guerra de acusações e não possui perspectiva de término. Esta coluna seguirá atenta às novidades.
Entenda o caso envolvendo Amado Batista
Segundo os documentos que tivemos acesso, com exclusividade, o cantor Amado Batista foi processado por um casal de ex-caseiros de sua fazenda. Tatiane Francisca e Jorlan Barbosa se mudaram para o local e levaram seus dois filhos. O menor, de apenas três anos de idade, foi a óbito ao se afogar na piscina da casa.
De acordo com os autos, os pais afirmaram ter falado com um dos funcionários de Amado para que a área fosse cercada, mas seu pedido não foi atendido.
Os autores ainda alegaram ter havido negligência no caso. Isso porque a criança teria sido levado para um hospital na cidade no interior, e não na capital, por decisão de funcionários de Amado Batista. Segundo os pais, a unidade de saúde ficava cerca de 15km da fazenda.
A história fica nebulosa, já que o hospital mais esquipado e com melhores recursos era perto da propriedade e poderia ter salvado a vida do menor.
O casal afirmou, ainda, só ter voltado ao emprego pois dependiam dele para sobreviver e reclamaram da ausência de acompanhamento psicológico, bem como da postura relapsa e fria do cantor.
Amado Batista também teria dado uma festa na fazenda pouco tempo após a morte da criança, regada a bebidas alcoólicas e som alto. Segundo os autores, a atitude do artista demonstrou total desrespeito com seu luto.
Nos documentos do processo consta ainda que Tatiane e Jorlan foram dispensados de forma inesperada. O motivo teria sido uma suposta má higiene no cuidado de alimentos. As alegações foram negadas por Tatiane, responsável pelo preparo das refeições.
Diante de todas as graves acusações, a família resolveu ajuizar uma ação contra o artista.
No processo, uma pensão mensal foi solicitada de acordo com a perspectiva de idade que seria alcançada pelo menor falecido. Jorlan e Tatiane permitiram que, caso Amado Batista prefira, a pensão seja substituída pelo pagamento único e direto de R$ 450 mil. Por danos morais, os ex-caseiros pediram uma indenização de R$ 500 mil.
No total, a ação chegou a R$ 950 mil. Apesar do processo, Tatiane Francisca e Jorlan Barbosa frisaram que dinheiro algum seria capaz de reparar sua dor ou trazer de volta o filho.
Por Fábia Oliveira
Fonte: metropoles.com