Esta é a quarta semana seguida em que a categoria de finanças e controle faz greve, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical).
A ação ocorre após os servidores rejeitarem, de forma definitiva, a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal. De acordo com a Unacon Sindical, o governo Lula (PT) “ignorou pleitos sem impacto financeiro”.
Os servidores pedem a abertura de nova mesa de negociação, que seja “efetiva”, com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Até o momento, o governo federal firmou 40 acordos no âmbito das mesas de negociação temporárias e específicas conduzidas pelo MGI.
Além da greve, a categoria aumentou a pressão para que a CGU e o Tesouro publiquem as exonerações a pedido dos servidores. No total, mais de 500 chefes, coordenadores-gerais, diretores e superintendentes protocolaram a entrega dos cargos, segundo a Unacon Sindical.
Impactos causados pela greve
No Tesouro Nacional
• Fica prejudicado o repasse de recursos ao Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o que pode dificultar novas concessões de crédito pelos bancos
• Está determinado o adiamento da divulgação das contas do governo central (RTD) de julho, agendada para quinta-feira (29/8); do Balanço do Tesouro Direto (BTD), agendado para quarta-feira (28/8); e do Relatório Mensal da Dívida (RMD) pública, previsto para quarta
Na Controladoria-Geral da União
• Fica prejudicado o cumprimento do prazo estabelecido pelo ministro Flávio Dino, do STF, para que a CGU faça mudanças no Portal da Transparência para apresentar de forma mais acessível e simplificada as informações sobre as emendas de comissão e as emendas de relator, as chamadas “emendas Pix”
• Ocorre o impacto no prazo para auditoria das emendas
Por Mariana Andrade
Fonte: metropoles.com